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Água Tônica:sua composição e utilização.

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Devido a presença da quinina a água tônica fica fluorescente se colocada sob luz ultravioleta, por ser um alcaloide de gosto amargo que tem funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. É um estereoisômero da quinidina. A quinina, pó branco, inodoro e de sabor amargo. Além de ser um fármaco é utilizada como flavorizante da água tônica.
A característica de ser luminescente vem da estrutura que a quinina, como molécula mista, com a presença de anéis aromáticos, cíclicos e grupos doadores de elétrons, como o -OH, que intensificam o rendimento quântico do processo de absorção e emissão nesse composto.
Originalmente, esse produto era tratado como água medicinal, que continha apenas água com gás e muito quinino. Mas nos dias de hoje, a bebida contém uma pequena quantidade de quinino, já que é mais pelo sabor. Então ela é menos amarga e é geralmente adoçada usando xarope de milho ou açúcar. Água tônica diet pode conter adoçantes artificiais.
A água tônica diferente de que todos pensam ela é um refrigerante, porem de sabor amargo. Ela é composta por soda, açúcar e quinina. A quinina é um pó branco extraído da casca da árvore de cinchona (hidrocloreto de quinina) que dá o gosto amargo ao produto. E como o hidrocloreto de quinina é um sal isto é o que difere a água tônica dos refrigerantes. O quinino, que compõe o sal usado na bebida, é uma das substâncias ministradas no tratamento da malária, o que leva muita gente a acreditar que a tônica pode ser ingerida como remédio.
Para muitas pessoas, o gosto amargo da água tônica indica baixa concentração de açúcar, tornando-se uma opção para um paciente de diabetes. O que é grave, pois como qualquer outro refrigerante tradicional, a água tônica é rica em açúcar e, portanto, deve ter sua ingestão controlada se há restrição aos níveis de glicose no sangue, mesmo contendo o nome de água.
Tônico é diferente de isotônico, tônico é um refrigerante e isotônico significa uma bebida que contem sais na mesma concentração ou concentração semelhante à concentração dos sais nos líquidos ou fluidos do corpo humano.

Fundamentos bromatológicos

 É uma bebida que para algumas pessoas, acabam sendo um refúgio do refrigerante ou sucos industrializados devido ao seu alto teor de açúcar, visto que hoje em dia está água já possui sabores como por exemplo de limão.
Água tônica é um refrigerante que contém cerca de 10% de açúcar e até 85 mg.L–1 de quinina. O açúcar além da função de adoçar propicia corpo à bebida. Então mesmo que seja uma água tem o seu valor de açúcar alto.
Lembrando que a origem da agua tônica surgiu para que ela fosse uma espécie de medicamentos tanto para o tratamento de malária como para ajudar na hidratação do corpo, o que mais tarde foi descoberto que ela não tem efeito.
Na hidratação ela não surte nenhum efeito pois, como ela contém açúcar e sódio isso prejudica que a célula absorva água e os minerais necessário, a melhor opção e a água natural ou os isotônicos que ajudam o corpo na reposição de água e sais minerais.
Já no tratamento da malária também não é eficiente, porque, além de a quantidade de quinino na tônica ser pequena demais para ter propriedades farmacológicas, o refrigerante tem 5 miligramas por litro, enquanto no tratamento da malária usa-se 1,5 grama por dia e o quinino do remédio apresenta-se em uma composição diferente em sulfato ou cloridrato, enquanto na tônica sua composição é de hidrocloreto.

Discussão

Inicialmente, a quinina era adicionada como sendo um composto com efeitos benéficos contra a malária. Atualmente é utilizada apenas para conferir o gosto amargo, característica sensorial marcante deste produto. A água tônica é muito usada como uma bebida de mistura para coquetéis, especialmente os que são feitos com gim (por exemplo, gim-tônica).
A água tônica é rica em açúcar, um pouco menos que outros refrigerantes, devendo ser evitada por pacientes de diabetes, tendo cerca 9g de açúcar presente em 100 g. E como se trata de um “refrigerante” e contém uma grande concentração de açúcar se deve ter cuidado, principalmente pessoas diabetes, pois o uso diário permitido é de cerca de 25 g.
A ideia de que a água tônica cura a ressaca não passa de mito. A sensação de bem-estar que sentimos ao beber água tônica em uma situação como essa também é decorrente da reposição de açúcar no sangue, já que o excesso de álcool leva à hipoglicemia. Mas até isso é passageiro. O açúcar do refrigerante é rapidamente absorvido, o que provoca rapidamente outra queda da taxa de glicose no sangue.

As bebidas gaseificadas possuem fósforo na sua composição, competindo com o cálcio no corpo, reduzindo a absorção de cálcio pelos ossos. Então é uma péssima opção para se hidratar comparado com água natural pela quantidade de sódio e açúcar. 
   Tabela 1/ fonte: http://www.diabeticool.com/quantidades-de-acucar/, acessado 16/06/2017.

Conclusão

Dessa forma, conclui-se que a água tônica, tem que ter seu uso maneirado devido a quantidade de açúcar presente que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o uso diário de açúcar recomendado é de cerca de 25 g.
E sabe-se que ela já não é mais considerado medicamento para o tratamento da malária, devido a porcentagem presente de quinina.
   

Referências

http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=4783:oms-recomenda-que-os-paises-reduzam-o-consumo-de-acucar-entre-adultos-e-criancas&Itemid=821
http://quimiton.blogspot.com.br/2010/01/agua-tonica-e-o-quinino.html
http://www.scielo.br/pdf/%0D/cta/v23n3/18848.pdf
http://www.mundoboaforma.com.br/agua-tonica-engorda-dicas-e-analise/


Sucos Industrializados na Dieta

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Os sucos industrializados não são boas escolhas quando inseridas na dieta de forma errada, visto que o consumo do mesmo não será de acordo com o descrito no rótulo, ou seja o consumo será maior e os valores nutricionais descritos serão maiores.

Nos dias atuais, há a necessidade de se alimentar bem e de maneira mais rápida. O suco industrializado vem sendo inserido na dieta de muitos, como uma alternativa saudável ao refrigente, devido à elevada quantidade de açúcar presente no último.O que não se sabe é que os sucos de caixinha apresentam a mesma quantidade ou até quantidades maiores desse carboidrato presente na sua composição. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diminuiu a ingestão diária de 100 g para um máximo de 50 g tanto para adultos quanto para crianças, visto que ouve um aumento no consumo de açúcar. Porém com a inserção desse tipo de suco na dieta, houve colaboração para um aumento na taxa de consumo desse carboidrato, podendo acarretar em problemas de saúde como Diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Diabetes é uma doença caracterizada pela elevação da glicose (açúcar) no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da insulina ou um defeito na sua ação resulta portanto em acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.

Apresentação do produto

O sucos Do Bem, de acordo com o sítio eletrônico disponível, definem o produto como integral e sem adição de açúcares. A linha de sucos mistos não consta no site . De acordo com o decreto do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) nº 6.871, de 4 junho de 2009, sucos integrais são aqueles que não têm adição de açúcares e na sua concentração natural, sendo vedado o uso de tal designação para o suco reconstituído. Porém no rótulo dos produtos é expresso uma quantidade de açúcar na forma de carboidratos, diferentes para cada produto. Os valores apresentados na tabela acima demostram diferentes concentrações de carboidratos. No suco de laranja, a quantidade é de 21 g, no de uva é de 18 g e no de tangerina é de 19 g em 200 mL de suco, mas em embalagens que contém 1 L  quantidade de açúcar será 5 vezes maior.

Legislação

O MAPA é responsável pela regulamentação da produção dos sucos integrais em todo o território brasileiro. O decreto do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) nº 6.871, de 4 junho de 2009 é a legislação vigente que discorre sobre o registro, a padronização, a classificação, a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de bebidas, além de classificar suco integral como aqueles que não têm adição de açúcares e na sua concentração natural, sendo vedado o uso de tal designação para o suco reconstituído. A RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002 discorre sobre a rotulagem m de todo alimento que seja comercializado, qualquer que seja sua origem, embalado na ausência do cliente, e pronto para oferta ao consumidor. A RDC nº 360, de 23 de Dezembro de 2003 o se aplica à rotulagem nutricional dos alimentos produzidos e comercializados, qualquer que seja sua origem, embalados na ausência do cliente e prontos para serem oferecidos aos consumidores. Os produtores de suco devem se enquadram nas RDCs e nos decretos exigidos, para tornar possível a comercialização de sucos. Fundamentos bromatológicos De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria os carboidratos são compostos extremamente abundantes na natureza. Os carboidratos simples são digeridos e absorvidos rapidamente, produzindo um aumento súbito da taxa de glicose no sangue (glicemia). Exemplos de alimentos que são fontes de carboidratos simples: frutas, mel, xarope de milho, leite e derivados, açúcares, vegetais e refrigerantes. Já os carboidratos complexos correspondem àqueles com estrutura química maior, mais complexa, como os polissacarídeos (amido, celulose). Devido ao tamanho de sua molécula, são digeridos e absorvidos lentamente, ocasionando aumento pequeno e gradual da glicemia. Exemplos de alimentos fontes de carboidratos deste grupo: arroz integral, pão integral, batata, bolos com farinhas integrais e fibras. A ingestão de glicose leva a liberação da insulina pelo pâncreas, que levará a expressão de GLUT-4, um receptor, nas células sendo capaz de captar o açúcar ingerido pela célula. O suco industrializado sendo usado na dieta é ruim, pois acaba fazendo com que se libere maior quantidade de insulina pelo pâncreas levando a uma hiperglicemia e desse forma podendo acarretar em resistência a insulina caracterizando Diabetes do tipo 2.

Discussão

O mercado brasileiro de consumo de sucos industrializados está crescendo e com isso o aumento no consumo do mesmo e de outros alimentos está associados a um maior índice de doenças crônicas não transmissíveis sendo associados a desnutrição e dificiência na ingestão de micronutrientes.
Um dos principais problemas associados é o aumento no consumo de açúcar que vem sendo responsável por problemas na saúde, e tem causado um aumento na taxa de doenças metabílicas em crianças e adolescentes. Como muitos associam o suco a algo natural, por ser extraído da fruta, acabam por acreditar em algumas propagandas e até mesmo no que escrito nas embalagens desses produtos.
A linha de sucos integrais Do Bem acaba enganando o consumidor, ao olhar o rótulo há presença de diferentes quantidades de açúcar para diferentes sabores, visto que seu marketing está associado à não adição de açúcar. De acordo com o decreto do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) nº 6.871, de 4 junho de 2009 suco integral é aquele que não tem adição de açúcar, ou seja esses produtos estão em desacordo com as normas regulamentárias.
De acordo com o Ministério da Saúde/Organização Pan-Amaricana de Saúde (MS/OPAS) não é recomendado a ingestão de açúcar por crianças menores de 2 anos. Porém um estudo realizado em creches públicas de São Paulo mostrou a introdução de sucos artificiais foi de 63,6% em crianças de até 12 meses de idade. Isso levanta uma questão importante relacionada a Diabetes Mellitus do tipo 2 em crianças, que tem se tornado frequente na atualidade.

Conclusão

De acordo com o decreto do MAPA esse suco estaria reprovado frente a lesgilação, pois não se enquandra nos parâmetros descritos pelo mesmo, devido a adição de açúcar e ao suco não ser integral.
A questão da rotulagem deveria acrescentar informações nutricionais para a quantidade total do produto e não apenas para uma porção ou para um porcentual de ingestão do mesmo.
As recomedações diárias de açúcar não devem ser ultrapassadas, visto que há uma grande adesão desse carboidrato na dieta de algumas crianças e adultos, dessa forma a evitar Diabetes do tipo 2, por exemplo.

Referências bibliográficas

Manual de Orientação – Departamento de Nutrologia. 3ª edição https://www.sbp.com.br/pdfs/14617a-PDManualNutrologia-Alimentacao.pdf. Acesso 05 de Junho de 2017, às 21:30
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Decreto Nº 6871, de 04 Junho de 2009.
BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002.
BRASIL. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 360, de 23 de setembro de 2003.
https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/. Acesso 10 de Junho de 2017 às 09:41.
Toloni, M. H. A, et al. Introdução de alimentos industrializados e de alimentos de uso tradicional na dieta de crianças de creches públicas no município de São Paulo. Rev. Nutr., Campinas, 24(1):61-70, jan./fev., 2011.
Ferrarezi, A. C.; Santos, K. O.; Monsteiro, M. Avaliação crítica da legislação brasileira de sucos de fruta, com ênfase no suco de fruta pronto para beber. Rev. Nutr., Campinas, 23(4):667-677, jul./ago., 2010

Livina fibras, poderia substituir fontes convencionais de fibras?

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Introdução
LIVINA FIBRAS é um novo conceito em suplementação de fibras com intuito de regular o intestino. São fibras em gomas especialmente desenvolvidas como resposta à necessidade latente das pessoas em manter uma dieta equilibrada de fibras no dia a dia. LIVINA FIBRAS possui FOSFIBRA, uma combinação de frutoligossacarídeos e polidextrose.

As fibras solúveis tem diversos benefícios a saúde como redução dos níveis de gordura no sangue, diminuição dos níveis de pressão arterial, diminuição dos níveis de colesterol, diminuição do quadro de constipação intestinal, maior sensação de saciedade, redução da absorção de glicose e etc.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a ingestão em  adultos é de, em média, 35 g/dia de fibras diariamente e elas podem ser encontradas em alimentos como aveia, feijão, lentilha, ervilha, soja, laranja, maçã, cenoura, farelo de aveia, grão-de-bico, farelo de trigo, chia, arroz integral, figo seco, sementes de abóbora, linhaça, entre outros. Nesse contexto, levando em consideração que uma porção de livina fibras é de 4,3g e que o consumo recomendado diário é de 35g/dia seria suficiente este suplemento?
Legislação
A rotulagem dos produtos que obtiverem autorização para uso de alegações de propriedades funcionais e de saúde devem apresentar o texto da alegação exatamente como aprovado no processo de avaliação, incluindo advertências e outras informações exigidas para veiculação conjunta. Qualquer informação ao consumidor que seja utilizada em um instrumento de divulgação do produto não poderá veicular alegações de propriedade funcional ou de saúde diferente daquelas aprovadas pela Anvisa para constar em sua rotulagem, conforme estabelece o Artigo 23 do Decreto-Lei n. 986/1969.
No caso das fibras a alegação deve ser “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”.
Esta alegação pode serutilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 2,5g de fibras, se considerar a contribuição dos ingredientes utilizados na sua preparação, além disso na tabela nutricional deve ser declarada a quantidade de fibras alimentares. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos devem ser atendidos na recomendação diária do produtos pronto para o consumo, conforme a indicação do fabricante e quando apresentada isolada deve conter a seguinte informação em negrito: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”.

Aspectos bromatológicos
Fibras são carboidratos que não podem ser digeridos pelo nosso organismo, portanto esses carboidratos não são quebrados quando chegam ao nosso intestino, aumentando o bolo fecal, o trânsito intestinal e diminuindo a absorção de açúcares, gorduras e colesterol. Possuem diversas funções no organismo como por exemplo: Estimulam o processo de mastigação, a secreção da saliva e o suco gástrico, melhorando a qualidade da digestão;Proporcionam uma sensação de saciedade, reduzindo a fome; 
Promovem regulação do trânsito intestinal, atrasando o esvaziamento gástrico, tornando mais lenta a digestão e facilitando a absorção dos nutrientes; Devido a sua capacidade de absorver água, há uma melhora na evacuação; Atuam no metabolismo dos carboidratos e no controle da glicemia, formando um gel (pectina e goma) no intestino, que retarda a digestão e a absorção de glicose na corrente sanguínea; As fibras solúveis, diminuem especificamente o colesterol LDL
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Podem ser classificadas em fibras solúveis e fibras insolúveis de acordo com a solubilidade de seus componentes em água. Como exemplos de fibras solúveis podem ser citadas: pectinas, gomas e certas hemiceluloses e de fibras insolúveis: celulose, algumas pectinas, grande parte das  hemiceluloses e ligninas.  As fibras solúveis são responsáveis pelo aumento da viscosidade do conteúdo intestinal e redução do colesterol plasmático, já as fibras insolúveis aumentam o volume do bolo fecal, reduzem o tempo de trânsito no intestino grosso e tornam a eliminação fecal mais fácil e rápida. Portanto, de uma forma geral, as fibras regularizam o funcionamento intestinal.
Fos Fibra é uma combinação de duas fibras solúveis, sendo a FOS (frutooligossacarídeo) e a Polidextrose, assim essas duas agindo em conjunto são capazes de formar uma composição natural e equilibrada para o corpo. Quando essas fibras entram em contato com a água elas se desovem e acabam virando um gel do organismo. Esse gel que é tido, acaba ajudando o organismo á eliminar a água e todo o alimento contido, fazendo com que seu intestino libere e não mantendo a prisão de ventre.
Discussão
Sabe-se que a deficiência de fibras pode levar ao surgimento de problemas de saúde,como: constipação intestinal, doenças cardiovasculares e câncer de intestino. Porém, o consumo exagerado também é desaconselhado, pois pode interferir negativamente na absorção de minerais, especialmente cálcio e zinco e além disso causar disbiose intestinal.
Levando em consideração essas informações os consumidores devem ficar atento ao consumo exagerado de fibras, mas também deve ficar atentos a pouca ingestão da mesma. A tendência de consumo de alimentos processados pode prejudicar a ingestão diária de fibras. O processamento retira alguns nutrientes do alimento, incluindo as fibras. Além disso, alguns alimentos industrializados não fornecem informações suficientes sobre a quantidade de fibras presentes, o que pode confundir o consumidor.
Em alguns casos, é melhor consumir alimentos, como frutas, legumes e verduras, que são ricas fontes de fibras e micronutrientes.

Conclusão
Portanto embora muitos alimentos tenham propriedades funcionais comprovadas, nenhum substitui uma alimentação equilibrada e uma vida saudável, com a prática regular de atividades físicas.

Referências




http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/novos_ingredientes.htm


Cápsulas de Lecitina de Soja: quais os benefícios alcançados pelo seu consumo?

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A lecitina de soja é obtida da soja, sendo rica em ácidos graxos essenciais, como: ômega 3 e ômega 6 e outros nutrientes extremamente importantes para o bom funcionamento do nosso organismo, como fósforo, potássio e vitamina E. Esta composição contribui para sua durabilidade, uma vez que a vitamina E funciona como um antioxidante, protegendo as gorduras da decomposição.

Os principais benefícios relatados com o consumo são: redução do colesterol, regulação hormonal, diminuição da perda de memória e até mesmo emagrecimento. 

Portanto, será que o consumo dessas cápsulas oferecem esses benefícios?

Introdução
A lecitina é uma fosfatidilcolina poli-insaturada que contém componentes básicos para as funções energéticas e estruturais de todas as membranas biológicas. São indispensáveis para os mecanismos de diferenciação, proliferação e regeneração celular. A Lecitina pode ser extraída dos grãos de soja, sendo uma mistura complexa de fosfolipídeos, triglicerídeos e outras substâncias derivadas dos processos de refinamento o óleo (SEIDMAN et al., 2002). 

Os principais benefícios para a saúde relacionados com o consumo de Lecitina de soja são devidos à presença de colina, uma gordura importante para: regular a produção hormonal, aliviar os sintomas da menopausa, combater a dor de cabeça - por ser rica em ômega-3 e ômega-6, combater o colesterol alto - por estimular o metabolismo das gorduras, manter a saúde do fígado e evitar o acúmulo de gordura, melhorar a memória e estimular o cérebro - por conter colina, aumentar o metabolismo - auxiliando na perda de peso.

Fundamentos Bromatológicos
Dentro de uma grande variedade deste produto no mercado, foi utilizado como exemplo o Soya Lecithin 1200 mg da empresa Sundown, devido a facilidade de acesso do produto e o preço estar dentro da média do mercado.

Conforme a indicação do fabricante a ingestão deve ser de 1 cápsula por 3 ou 4 vezes ao dia nos horários das refeições, prometendo assim com essa ingestão uma melhor digestão das gorduras, devido ao seu poder de emulsificante, favorecendo então o controle dos níveis de colesterol, além disso fortalece órgãos como fígado, rins e pâncreas e promove a renovação celular da pele. Também auxilia no bom funcionamento e na proteção cerebral, devido à presença de colina, um nutriente que compõe o neurotransmissor acetilcolina. 

Como pode ser observado na Tabela de informação nutricional, o produto oferece um baixo teor calórico, tendo ausência de carboidratos e proteínas. 

Composição Soya Lecithin 1200mg (Lecitina de Soja) Sundown

 Legislação
Segundo a legislação brasileira a lecitina da soja se enquadra na classificação na categoria Nº 4300090, das Substâncias Bioativas e Probióticos Isolados com Alegação de Propriedades Funcional e/ou de Saúde, devendo cumprir na Íntegra com o estabelecido na Resolução RDC nº 02, de 7 de janeiro de 2002 (DOU 9/1/2002). Como complemento nutricional tem a finalidade de complementar a dieta cotidiana de uma pessoa saudável, que deseja compensar um possível déficit de nutrientes, a fim de alcançar os valores da Dose Diária Recomendada (DDR), em que o complemento nutricional não substitui o alimento. E ainda deverá ter a qualidade alimentar, sem aditivos e acondicionado em cápsulas compostas de gelatina e de glicerina. Poderá ser utilizado como ingrediente com finalidade de coadjuvante de tecnologia e fabricação, quando utilizada cápsula gelatinosa dura.

Quanto ao rótulo é proibida toda e qualquer expressão de natureza medicamentosa. Deve ser designado, portanto, que se trata de um complemento nutricional, especificando os nutrientes básicos ou de acordo com o Padrão de Identidade e Qualidade (PIQ) específico para o produto. Dever conter informações e advertências sobre os riscos do consumo excessivo, e que é preferível o consumo sob orientação profissional, deve-se sugerir a porção diária recomendada, já que esta não está definida cientificamente. Instruções de conservação, armazenamento e transporte. Os rótulos dos Complementos Nutricionais deverão ainda conter as seguintes declarações: "Este produto consumido acima da dose recomendada traz riscos á saúde" / "Este produto não deve ser consumido por gestantes, lactentes e crianças de 0(zero) a 3(três)anos". 

A partir da análise do rótulo do produto Soya Lecithin da Sundown as informações disponíveis no mesmo estão de acordo com o preconizado na legislação citada. Algumas informações não são fornecidas de forma tão clara, tanto no rótulo quanto no site de vendas. Mas em geral, o rótulo se encontra de acordo com as especificações determinadas pela ANVISA.

Referências Bibliográficas
Seidman MD, Khan MJ, Tang WX, Quirk WS. Influence of lecithin on mitochondrial DNA and age-related hearing loss. Otolaryngol Head Neck Surg. 2002 Sep;127(3):138-44.

Portaria nº 19, de 15 de março de 1995, DOU DE 16/03/95. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/19_95.htm. Acesso 07 de Junho de 2017. 

Li XZ, Park BK, Hong BC, Ahn JS, Shin JS. Effect of soy lecithin on total cholesterol content, fatty acid composition and carcass characteristics in the Longissimus dorsi of Hanwoo steers (Korean native cattle). Anim Sci J. 2017 Jun;88(6):847-853. doi: 10.1111/asj.12660. Epub 2016 Oct 18.

Comissões Tecnocientíficas de Assessoramento em Alimentos Funcionais e Novos Alimentos. Atualizado em 20 de julho de 2004. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_bk.htm . Acesso 07 de Junho de 2017. 

BEBIDAS ENERGÉTICAS: O consumo excessivo poderia levar a óbito?

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Os energéticos são bebidas não alcoólicas que tem como finalidades o fornecimento de energia e o estímulo do organismo. Por esse motivo têm sido cada vez mais utilizadas principalmente por jovens. Muitas pessoas já ouviram falar que o consumo de bebidas energéticas em excesso pode ser prejudicial. Entretanto, esse consumo excessivo poderia chegar ao extremo de levar ao óbito? 


                                                               Figura 1: Monster Energy drink 



Introdução
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, bebidas energéticas podem levar a efeitos  potencialmente letais, principalmente quando ingeridas em excesso ou em associação a bebidas alcoólicas. Segundo o artigo "Trombose aguda da artéria coronária esquerda relacionada à ingestão de bebida energética , publicado na renomada  American Heart Association, alguns casos de morte súbita, devido a problemas cardíacos,  foram ligados a bebidas energéticas. Dentre as causas citadas, destacam-se vaso espasmos coronários e sérias arritmias como a fibrilação ventricular.
Por ser um dos energéticos mais populares no Brasil, a bebida Monster será objeto do presente estudo.

Fundamentos bromatológicos e legislação:

A bebida Monster, assim como a maioria das bebidas energéticas presentes no mercado, apresenta uma combinação de estimulantes como cafeína, Glucoronolactona e Taurina em sua composição, sendo que, o principal ingrediente ativo consiste na cafeína.
A ANVISA preconiza as seguintes doses máximas de cada ingrediente na bebidas energéticas (Composto Líquido Pronto para o Consumo): 

-Inositol: máximo 20 mg/100 ml 
-Glucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml  
-Taurina: máximo 400 mg/100 ml 
-Cafeína: máximo 35 mg/100 ml.

Em relação a cafeína, segundo a European Food Safety Authority (EFSA), o consumo seguro diário para adultos, sem nenhuma sensibilidade à essa substância, é de 400 mg por dia. 

Discussão:

Conforme apresentado no rótulo do produto, podemos observar que  a composição da bebida Monster encontra-se dentro dos limites preconizados pela Anvisa. 

                                                Figuras 2 e 3: Rótulo da Bebida Monster


Ao verificarmos o conteúdo de cafeína podemos inferir que  para  manter-se dentro dos limites de segurança mencionados pelo European Food Safety Authority, o consumidor poderia ingerir aproximadamente 6 latas da bebida, caso não fizesse ingestão de cafeína por nenhuma outra fonte . Levando-se  em conta que muitos alimentos como chocolates, refrigerantes e outras bebidas também apresentam cafeína em sua composição, a quantidade máxima de ingestão do energético poderia ser ainda menor, dependendo da dieta do consumidor.

Conclusão:

Conforme apontado nos estudos, quando consumidas em excesso as bebidas energéticas podem  ter efeitos letais. Uma preocupação em relação a essas bebidas é que, pelo fato de serem servidas geladas, podem ser consumidas em grandes quantidades e mais rapidamente do que bebidas quentes como café, que são bebericadas. Portanto,  para garantir o consumo seguro da bebida, seria importante que os riscos do consumo  em excesso e os limites de segurança fossem mais divulgados para o público, principalmente para os jovens. 


Referências Bibliográficas:

Benjo, A.  et al. Left Main Coronary Artery Acute Thrombosis Related to Energy Drink Intake. Circulation. 2012;125:1447-1448. Disponível em: http://circ.ahajournals.org/ content/ 125 / 11/1447.

Brasil. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC no 273, de22 de setembro de 2005. Aprova o “Aprova o Regulamento Técnico para Misturas parao Preparo de Alimentos e Alimentos Prontos para o Consumo (Bebidas Energéticas)”.Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set. 2005. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/e-legis/>.

European Food Safety Authority (EFSA)- Scientific Opinion on the safety of caffeine. 2015. Disponível em:http://www.efsa.europa.eu/sites/default/files/consultation/150115.pdf Acesso em: 16/06/2017.

Nabil Ghorayeb- Verdadeira bomba científica: mais problemas com energéticos. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/gecesp/coluna/56.asp. Acesso em: 16/06/2017.


New York Times. Bebidas energéticas estão associadas a comportamento de risco entre jovens. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL591019-5603, 00BEBIDAS+ENERGETI CAS+ESTAO+ASSOCIADAS+A+COMPORTAMENTO+DE+RISCO+ENTRE+JOVENS.html. Acesso em: 16/06/2017.


World Health Organization - Energy drinks cause concern for health of young people. Disponível em: http://www.euro.who.int/en/health-topics/disease prevention/ nutrition/ news/ news/ 2014 / 10/energy-drinks-cause-concern-for-health-of-young-people. Acesso em : 17/06/2017

Sal alimentício: Há interferências nutricionais à saúde no consumo do Sal de cozinha ou Sal rosa do Himalaia?

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O sal rosa do Himalaia ganhou imensa popularidade nos últimos anos, o seu grande diferencial em relação ao sal de cozinha (sal refinado ou sal comum) seria justamente o fato de ele não ser refinado. As alegações são de que, por esse motivo, o sal rosa do Himalaia é, nutricionalmente falando, um ingrediente muito mais “rico” que o sal refinado. Será mesmo que seu consumo é melhor para saúde do indivíduo? 

     Introdução


Pessoas do mundo inteiro mostram as suas preferências e afinidades pelo sabor único que proporciona o sal. O sal melhora o sabor e influi nos aromas de outros ingredientes, reduzindo o amargor ou reforçando a doçura. O sal aumenta a sensação de densidade dos alimentos, e da sua textura, o que ajuda para que os alimentos resultem mais atrativos e saborosos.
O sal refinado é o mais utilizado na culinária. Esse é 99,99% constituído por cloreto de sódio. Existem evidências de que a dieta rica em sal comum está associada à elevação da pressão arterial, à incidência de acidente vascular cerebral e de doença cardiovascular. Entretanto, apesar dessas evidências, a ingestão diária de sal é elevada, acarretando na maior ingestão de sódio, e é acima da recomendada na grande maioria das populações.
O sal rosa do himalaia é considerado um dos sais mais antigos e mais puros do mundo. Sua composição tem pouca concentração de sódio, o que garante outras propriedades além do sabor salgado, sendo retirado de uma grande profundidade, o que encarece seu custo.
Os estudos até o momento, descobriram que dos 84 minerais e elementos encontrados no corpo humano, 72 são considerados ingredientes essenciais de uma dieta saudável. O sal rosa do Himalaia contém esses 72 elementos, alguns dos quais apenas são necessários como minerais traço, bem como outros elementos cuja importância para o corpo humano ainda não foi determinada. Por conta disso, os cristais ganham tom rosado e sabor suave. Ao utilizar este sal, recebe-se menos ingestão de sódio por porção, do que o sal de cozinha, porque é menos refinado e as peças são maiores. Portanto, por este motivo, tornou-se uma opção melhor para evitar consequências prejudiciais à saúde.

     Legislação


O Decreto 75.697, Diário Oficial da União, estabeleceu em 6 de maio de 1975 os padrões de identidade e qualidade, estabelecidos pela Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos, do Ministério da Saúde, para o sal destinado ao consumo humano.
A partir desse decreto, entende-se como sal o cloreto de sódio cristalizado extraído de fontes naturais.
Ele é classificado de acordo com a sua composição, como: I - sal comum, compreendendo: a) sal tipo I; b) sal tipo II; II - sal refinado, compreendendo: a) sal refinado, extra; b) sal refinado; c) sal refinado, úmido. O sal comum, quanto às suas características granulométricas, será classificado como:  sal grosso, sal peneirado, sal triturado ou sal moído.
O sal será designado de acordo com a respectiva classificação. O sal refinado extra e o sal refinado quando adicionados de antiumectantes poderão ser designados como "Sal de Mesa". O sal obedecerá aos seguintes critérios de qualidade, como apresentando-se sob a forma de cristais brancos, com granulação uniforme, própria à respectiva classificação, devendo ser inodoro e ter sabor salino-salgado próprio e estar isento de sujidade, microorganismos patogênicos e outras impurezas capazes de provocar alterações do alimento ou que indiquem emprego de uma tecnologia inadequada.
Os produtos industrializados devem especificar, por lei, a quantidade de sódio presente em uma porção daquele alimento. Esta informação está presente na tabela de informação nutricional do rótulo.
Segundo a Resolução da, RDC nº 23, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, de 24 de abril de 2013, ela aprova o regulamento técnico que estabelece o teor de iodo no sal para consumo humano para a erradicação dos efeitos nocivos à saúde causados pela deficiência ou excesso do iodo. São adotadas definições, de que o sal para consumo humano é cloreto de sódio cristalizado, extraído de fontes naturais, adicionado obrigatoriamente de iodo, sendo somente considerado próprio para consumo humano o sal que contiver teor igual ou superior a 15 (quinze) miligramas até o limite máximo de 45 (quarenta e cinco) miligramas de iodo por quilograma de produto.

Fundamentos Bromatológicos


Sal, na verdade, é um nome genérico para uma família de substâncias com características químicas comuns, sendo que a mais importante, para o ser humano, é o cloreto de sódio ou "sal de cozinha". Esse sal "comum", do ponto de vista nutricional, é fundamental para a saúde humana não apenas por ser utilizado de maneira universal no preparo e na industrialização dos alimentos, mas também devido à sua característica de ser ingerido regularmente em pequenas quantidades, o que o torna o veículo ideal para o consumo de iodo.
 Todo o sal comercializado é extraído de fontes naturais e, devido às diferentes condições de formações da reserva de sal, essas apresentam minerais em sua constituição. O sal refinado, ou seja, ocloreto de sódio (NaCl) é uma mistura com, aproximadamente, 60% de cloreto e 40% de sódio. Essa tipo de sal, ao passar pelo processo de refinamento, acaba perdendo quase todas as propriedades, por isso é tão pobre em sais minerais. Regularmente, são completamente retirados a maioria dos seus minérios com a exceção do sódio e cloreto. Ele é, em seguida, branqueado, limpo com produtos químicos e, em seguida, aquecido à temperaturas extremamente altas. É combinado com uma série de aditivos, como o Iodato de potássio que é adicionado por um processo chamado “Iodação”, operação que consiste na adição ao sal do micronutriente iodo. Contudo, o Iodo é volátil e oxida imediatamente quando exposto à luz. Por isso, adiciona-se dextrose para estabilizá-lo. O Iodo que é adicionado ao sal de mesa é quase sempre sintético que é de difícil absorção pelo corpo humano. Depois ele é tratado com agentes anti-aglomerantes. Isso torna o sal roxo e não é comercializável, portanto, um pouco de bicarbonato de sódio é adicionado para alvejá-lo. Finalmente, é revestido com silico - aluminato de sódio para torná-lo fluindo livremente.    
Já o sal rosa do Himalaia, é extraído de minas salinas dos “pés” do Himalaia, Cordilheira do Himalaia, que apesar de estar nas montanhas, ele é de origem marinha, um pedaço de oceano aprisionado em rocha, e que não passa pelos mesmos processos do sal de cozinha e mantém as propriedades, contendo mais de 84 minerais, possuindo assim alto grau de pureza, ressaltando que 72 são necessários como minerais e alguns cuja importância ainda não foi determinada para o organismo. Esse sal tem menos sódio por porção, porque os cristais ou flocos ocupam menos espaço do que o sal de mesa que é uma variedade altamente processada. Devido sua estrutura celular, ele armazena energia vibracional. Os minerais deste sal existem na forma coloidal, o que significa que eles são pequenos o suficiente para as nossas células para os absorver facilmente. Uma análise espectral do sal rosa do Himalaia, mostra alguns componentes, de como é tipicamente encontrado: Hidrogênio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, fluoreto, sódio, magnésio, alumínio, fósforo, enxofre, cloreto, cálcio, cromo, manganês, ferro, cobalto, níquel, cobre, zinco, gálio, arsênico, selênio, bromo, rubídio, estrôncio, prata, iodo, césio, bário, ouro, mercúrio, chumbo, bismuto, rádio, urânio.

Discussão


 O sal de cozinha, como visto, apresenta-se basicamente constituído por sódio além do cloreto, então este excesso de sódio que é ingerido pela população é o típico vilão que acaba acarretando nestas doenças, como elevação da pressão arterial, acidente vascular cerebral e doença cardiovascular. Na grande maioria dos casos a população não percebe, o exagero no consumo, apesar de que hoje há mais cuidado com a saúde em relação aos alimentos ingeridos e a própria adição do sal na alimentação.
Porém, é visto que o consumo diário de sódio recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 2000 mg, o que equivale a 5 g de sal por dia (1 colher de chá), enquanto no Brasil o consumo de sal é de aproximadamente 12 gramas per capita ao dia. Esta é em parte, a causa do porquê da má reputação do sal refinado. Não é necessariamente o sal que não é saudável para nós, mas o processo de refinamento dele que também não é saudável.
Os agentes adicionados no refinamento do sal branco evitam que o sal seja absorvido em nossos corpos, o que leva a uma acumulação dentro dos órgãos. Isso pode causar problemas de saúde graves. Constata-se que para cada grama de sal de mesa consumido e que o corpo não pode processar, ele vai utilizar 20 VEZES a quantidade de água celular para neutralizar a quantidade de cloreto de sódio, que está presente no sal tratado quimicamente.
Diante de vários motivos que o sal refinado vem sendo o alvo de doenças, devido ao excesso de seu consumo levando, consequentemente, o sódio, o sal rosa do Himalaia surgiu como estratégia para que houvesse modificações nutricionais na alimentação da população. A desvantagem é que esse sal não é facilmente encontrado e não é conhecido popularmente, apesar de estar sendo bastante estudado quanto ao seu propósito.
Ele salga menos, portanto o cuidado é necessário para não haver erro no seu consumo e assim houver ingesta da mesma quantidade de sódio, como se houvesse o consumo de sal comum.
Ainda não existem estudos científicos conclusivos sobre as reais vantagens do consumo do sal rosa do Himalaia. Entretanto, estudos preliminares, como encontrados em Global Healing Center, apontam entre os resultados: auxilia na saúde vascular; ajuda pulmões saudáveis e função respiratória; promove o equilíbrio do pH estável dentro das células; reduz os sinais de envelhecimento; promove padrões de sono saudável; aumenta o libido; previne cãibras musculares; aumenta a hidratação; fortalece os ossos; reduz a pressão arterial; melhora a circulação; desintoxica o corpo de metais pesados.
Especificamente à esse sal, não há como comprovar também a concentração de Iodo natural, e por isso ela é desconhecida. Pode ser suficiente para suprir as necessidades desse mineral, assim como também pode não ser, não apresentando quantidades adequadas de Iodo para prevenir os problemas relacionados à deficiência desse nutriente. Já o sal refinado, apresenta 25 mcg de Iodo por grama, o que equivale a 25 mg por quilo de sal, estando de acordo com o que a ANVISA preconiza.
Viu-se que em 1 g de sal de cozinha contém, aproximadamente, 400 mg de Sódio. Já o sal rosa do Himalaia, que esta sendo muito indicado, cada grama de sal, apresenta quase metade, 230 mg de Sódio. Em seguida, são vistos as tabelas nutricionais dos sais comerciais das marcas Cisne e Relva Verde.


Figura 1. Tabela Nutricional do Sal Refinado da marca Cisne


 Figura 2. Tabela nutricional do Sal rosa do Himalaia da marca Relva Verde


Figura 3. Comparação entre os dois tipos de sal analisados

    Conclusão

Portanto, deve-se pensar que a maioria dos alimentos prontos contêm quantidades exorbitantes de sal, e que não se trata somente de fazer a troca por outro tipo de sal, como o sal rosa do Himalaia, para que haja melhoras na saúde e com alto valor nutricional. O cuidado em seu consumo também é algo importante, pois não deixa de conter sódio, mesmo que em menor quantidade e também porque sua quantidade de Iodo ainda é desconhecida. Porém, entre esses dois tipos de sal, foi visto que o melhor é o menos processado, rico em minerais e com menor quantidade de sódio, sendo aquele também o que mostra trazer benefícios à saúde. O sal rosa do Himalaia se mostrou com propriedades positivas, bastando somente ser mais reconhecido e usado na população, e concluindo assim seus efeitos benéficos. 

Referências Bibliográficas


CASTRO, Raquel da Silva Assunção de; GIATTI, Luana; BARRETO, Sandhi Maria. Fatores associados à adição de sal à refeição pronta. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 5, p. 1503-1512, May 2014.

SHUKLA, Chetna; VAN DER ZEE, Harry. The global proving of Himalayan crystal salt. Homoeopathic Links, v. 23, n. 02, p. 85-90, 2010.

Sal: origem, importância e tipos – EcycleⓇ.Disponível em: http://www.ecycle.com.br/component /content/article/62-alimentos/3783-sal-origem-importancia-tipos-cozinha-refinado.html Acesso em: 16/06/17

Universidade de São Paulo– USP. Estimativa de Consumo de Sódio pela população Brasileira, 2002-2003. Sarno Flávio et al. Revista de Saúde Pública.

Gowdak, M. M. G. Teor de sódio na alimentação – Sociedade Brasileira de Hipertenção. Disponivel em: http://www.sbh.org.br/geral/ atualidades-teor-de-sodio-na-alimentacao.asp Acesso em: 16/06/17

O sal e seus substitutos – Aditivos & Ingredientes. Disponível em: insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes /materias/246.pdfAcesso em: 16/06/17

RESOLUÇÃO RDC Nº 23, DE 24 DE ABRIL DE 2013 -Ministério da Saúde - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dispõe sobre o teor de iodo no sal destinado ao consumo humano e dá outras providências.

DECRETO Nº 75.697, DE 6 DE MAIO DE 1975– Diário Oficial da União - Ministério da Saúde. Aprova padrões de identidade e qualidade para o sal destinado ao consumo humano.

Sal para consumo humano – IMETRO. Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos /sal2.asp?iacao=imprimir Acesso em: 16/06/17

FERREIRA, P. Himalayan Crystal Salt versus Table Salt. Disponível em: http://www.himalayanlivingsalt .com/salt_facts.htm Acesso em: 16/06/17

Disponível em: http://www.salcisne.com.br/cisne-mesa-e-cozinha.php Acesso em: 17/06/17

Disponível em: http://www.lojarelvaverde.com.br/sal-rosa-do-himalaia-moido-200g-p794 Acesso em: 17/06/17

Chá emagrecedor realmente é uma opção saudavel de emagrecimento?

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Chá emagrecedor realmente é uma opção saudavel de emagrecimento ?



 O consumo indiscriminado de produtos para emagrecimento pode colocar a saúde das pessoas em risco, misturas de chás podem ser combinações perigosas e prejudicar o funcionamento regular do organismo.  Leia mais >



Com a preocupação de reduzir a tendencia a obesidade da populacao atual, pesquisas têm avaliado um novo grupo de alimentos benéficos à saúde, capazes de nutrir e reduzir o risco de doenças se consumidos adequadamente. Esses alimentos, ditos funcionais, segundo a resolução n. 19, de 30 de abril de 1999, instituída pela ANVISA, possuem nutrientes ou não nutrientes que desempenham papel metabólico ou fisiológico no crescimento, no desenvolvimento, na manutenção e em outras funções normais do organismo; os benefícios destes alimentos, portanto, devem ser comprovadas cientificamente por meio de ensaios clínicos (ORNELAS, 2007).

Fundamentos Bromatológicos

A mistura de chás utilizados nesse produto, combina Chá verde (Camelia sinensis); Carqueja (Bacccharis genistelloides); Sene (Cássia angustifolia); Cáscara Sagrada (Rhamnus purshiana); Boldo (Pneumus boldus); Erva Doce (Pimpinela anisum); Hortelã (Mentha piperita); combinando chás com propriedades diuréticas (chá verde)  e laxativas (sene).  Essa combinação é contraindicada, já que o sene é uma planta que apresenta derivados antracenicos (antraquinonas – heterozideos tipo O e C).

Esses heterosideos em sua forma reduzida, promovem o bloqueio da bomba de sódio e potássio ATPase e assim promovem liberação de ions cloreto e diminui a reabsorção de água. O consumo em conjunto com plantas que promovem a diurese iria aumentar a excreção de agua e o organismo não seria capaz de reabsorver por tambem estar sob efeito do sene que diminui a reabsorcao de agua, tornando essa combinacao perigosa uma vez que o consumidor correrá grande risco de desidratação.

Legislação

Observando a legislação vigente no Brasil, verificamos que não há contraindicacoes dispostas em lei para a mistura de vários tipos de chá. O uso de combinações de diferentes ervas é permitido nesses produtos.
De acordo com a portaria 519, de 26de junho de 1998 (Anvisa), o produto se classifica como chá preparado em infusão.

Conclusão

Como essa mistura de chás pode ser prejudicial a saúde pelo risco de poder causar desidratação em caso de consumo excessivo, o ideal seria que o consumidor fizesse uso de apenas uma erva, como por exemplo o chá verde, que temos estudos comprovados que o consumo regular pode auxiliar no emagrecimento, com o auxílio de uma dieta adequada e exercícios físicos.

Referências

- Portaria n°519, de 26 de junho de 1998, Anvisa.
- Revista Científica da FHO|UNIARARAS v. 2, n. 1/ 2014 http://www.uniararas.br/revistacientifica 41 OS BENEFÍ CÍOS DO CHÁ VERDE NO METÁBOLÍSMO DÁ GORDURÁ CORPORÁL THE BENEFITS OF GREEN TEA IN THE METABOLISM OF BODY FAT Carolina Carvalho BELTRAN, Naiara Andressa da SILVA , Laura Cristina Esquisatto GRIGNOLI , Maria Inês Vilhena SIMIONATO , Carlos Roberto Escrivão GRIGNOLI. Autor responsável: Carlos Roberto Escrivão Grignoli. <Disponível em: http://www.uniararas.br/revistacientifica 41 >

Coca cola Stevia x Coca Cola Zero : Qual a necessidade da criação da uma nova versão de coca cola com stevia, uma vez que existe coca cola zero caloria?

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Introdução
 

A stevia da nova versão de Coca-Cola é um ingrediente sem calorias originário de uma planta nativa da América do Sul, ou seja, de fonte natural. É 200 vezes mais doce do que o açúcar, assim uma pequena quantidade é suficiente garantir o sabor doce.

São 5g de açúcar e 13mg de stevia a cada 100ml da bebida. Portanto, uma lata de 350ml contém 18g de açúcares e 45mg de stevia. É uma bebida que contém apenas 50% das calorias com relação a coca cola original, criada com objetivo de atender um público maior, que não gosta e não pode consumir edulcorantes sintéticos, como o aspartame, presente na formulação da coca cola zero.


Fundamentos Bromatológicos e Legislação

Os edulcorantes somente devem ser utilizados nos alimentos em que se faz necessária a substituição parcial ou total do açúcar, a fim de atender o Regulamento Técnico que dispõe sobre as categorias de alimentos e bebidas a seguir:

para controle de peso;

para dietas com ingestão controlada de açúcares;

para dietas com restrição de açucares;

com informação nutricional complementar, referente aos atributos "não contém açúcares", "sem adição de açúcares",

"baixo em açúcares" ou "reduzido em açúcares" ou, ainda, referente aos atributos "baixo em valor energético" ou "reduzido em valor energético", quando é feita a substituição parcial ou total do açúcar.

Segundo a RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº.18, DE 24 DE MARÇO DE 2008, da Anvisa, Alimentos e bebidas para dietas com ingestão controlada de açúcares, o limite máximo de:

. Glicosídeos de esteviol é de 0,06 g/ 100g ou 100 mL. ( edulcorante natural presente na formulação da coca stévia)

. Acesulfame de potássio é 0,035 g/ 100g ou 100 mL, Aspartame é 0,075 g/ 100g ou 100 mL, Ciclmato de sódio é 0,04 g/100g ou 100 mL. ( edulcorantes artificiais presentes na formulação da coca cola zero)
 

Formulação da Coca com Stévia


Formulação da Coca Zero Caloria
 
 






Discurssão

Com base os dados do rótulo dos refrigerantes da coca cola – com stevia e zero caloria, constata-se que os edulcorantes estão dentro do limite permitido por lei.


Sobre os aspectos toxicológicos, destacamos o edulcorante Aspartame. Após ingestão, o aspartame decompõe-se no intestino em metanol, aspartato e fenilalanina. Uma das preocupações quanto aos seus possíveis efeitos adversos deve-se ao metanol, que por metabolização origina formaldeído e ácido fórmico, responsáveis pela acidose e toxicidade ocular. No entanto a estimativa relativamente à toxicidade do metanol é que seriam necessários entre 200 a 500 mg/kg de metanol para haver toxicidade significativa e como apenas aproximadamente 10% do aspartame ingerido se transforma em metanol, seria necessário ingerir, no mínimo, 2 000 mg/Kg de aspartame para provocar intoxicação. A fenilalanina não pode ser ingerida por quem possui fenilcetonúria, que é um problema congênito , no qual não ocorre a conversão de fenilanina em tirosina, pela deficiência da enzima fenilalanina hidroxilase. Níveis elevados de fenilalanina são tóxicos ao sistema nervoso central e podem causar dano cerebral.

A avaliação científica, publicada na Food and Chemical Toxicology (online outubro de 2012), descobriu que o banco de dados de estudos atual estabelece adequadamente a segurança dos
glicosídeos de esteviol, e não indica que os glicosídeos de esteviol sejam mutagênicos ou carcinogênicos.


Conclusão

A criação da coca cola stevia foi criado com o objetivo de atingir um público em geral que necessita reduzir a quantidade de açúcar diária e não para aqueles que fazem dieta com restrição, como indivíduos diabéticos. A associação de um edulcorante com sacarose possui papel benéfico na redução diária de açúcar, além de não permitir o sabor residual característicos dos edulcorantes. Vale ressaltar, que pelo fato do edulcorante da coca cola com stevia ser de fonte natural, possui maior aceitação pelo público, já que os edulcorantes sintéticos possui toxicidade relatada, como o aspartame.


Referências Bibliográficas

http://www.cocacolabrasil.com.br/historias/cinco-fatos-que-voce-deve-saber-sobre-a-coca-cola-com-stevia-e-50-menos-acucares

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/391619/Microsoft+Word+Resolu%C3%A7%C3%A3o+RDC+n%C2%BA+18%2C+de+24+de+mar%C3%A7o+de+2008.pdf/4b266cfd-28bc-4d60-a323-328337bfa70e

https://aspartameffup.wordpress.com/comunicacao-de-risco/toxicidade/

http://globalsteviainstitute.com/boletim-de-novembro-2012-2/
 

 
 
 


O uso do óleo de coco com finalidade de emagrecimento pode trazer riscos a saúde?

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O óleo de coco é uma mistura de 6 a 20 carbonos de cadeia saturada, principalmente ácidos graxos, como o ácido láurico e o ácido mirístico. É muito utilizado pela indústria alimentícia e comumente utilizado como base para cremes e pomadas, em algumas formas farmacêuticas sólidas e como plastificante. No entanto o óleo de coco tem sido recomendado para outras finalidades como hidratação capilar, redução do LDL, o “colesterol ruim” e até controle dos níveis de açúcar no sangue.

Introdução 



O óleo de coco tem sido muito procurado por pessoas que querem emagrecer de maneira saudável visto que é amplamente promovido por ser um produto 100% natural e ter propriedades relacionadas ao fortalecimento do sistema imunológico, facilidade na digestão e a absorção de nutrientes. Muitos nutricionistas e médicos orientam seus pacientes a consumir o óleo de côco para emagrecer, recorrendo a afirmação da eficácia para este fim, porém não há qualquer evidência nem mecanismo fisiológico comprovando que o óleo de coco leve à perda de peso como citam alguns desses profissionais.



Aspectos bromatológicos


O óleo de coco virgem é um produto que deriva do fruto da espécie Cocos nucifera L. e solidifica-se abaixo de 25°C. É prensado a frio, não é submetido ao processo de refinamento e desodorização, sendo extraído a partir da polpa do coco fresco maduro por processos físicos, passando pelas etapas de trituração, prensagem e filtração. Contém uma grande proporção de ácidos graxos de cadeia média, principalmente o ácido graxo saturado ácido láurico, este, em proporção na faixa de 45% a 50% e essas gorduras láuricas, no caso do óleo de coco, são resistentes a oxidação não enzimática, que não são normalmente estocados no tecido adiposo, portanto, auxiliariam diminuindo a taxa de metabolismo basal. Além disso, diz-se que o ácido láurico tem efeito
termogênico, o que ajudaria na perda de peso e gordura abdominal.



Legislação

O óleo de coco é definido pela Resolução nº 482, de 23 de setembro de 1999 da ANVISA, como  óleo comestível obtido do fruto de Cocos nucifera (coco) através de processos tecnológicos adequados. E para ser classificado como tal, deve ser obtidos pelos processos de extração e refino para ser considerado próprio para o consumo humano. Em relação a sua composição, este tem apenas um ingrediente obrigatório que é o próprio óleo de coco.
Deve ter aspecto límpido e isento de impurezas a 40 ºC, cor, odor e sabor característicos.
As características físicas e químicas devem atender as especificações a seguir:


Composição de ácidos graxos presentes no óleo de coco:  

Resultado de imagem para oleo de coco copra rotulo



O produto pode ser encontrado em diversos lugares e é produzido por diferentes marcas, tendo-se como exemplo o Óleo de Coco Extravirgem - Copra Coco, não há nenhuma informação de como o produto deva ser utilizado em seu rótulo porém é comum encontrar “dicas” e sugestões de como fazer uso do produto nos sites de venda, mesmo que no Brasil não exista uma recomendação oficial para tal, o Ministério da Saúde apenas adverte que não existem evidências científicas comprovadas de que este alimento previna, trate ou cure doenças.

Discussão

Apesar da grande propaganda, divulgação em blogs, estudos em artigos científicos e recomendação por alguns profissionais da saúde, o uso do óleo de coco como uma maneira natural de emagrecer e manter uma boa forma não tem fundamentos elucidados visto que não há evidências suficientes que atribuam essa característica ao produto.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO) se posicionaram oficialmente sobre o uso do óleo de côco para perda de peso e não recomendam o uso regular de óleo de coco como óleo de cozinha assim como era feito anteriormente com o óleo de soja, devido ao elevado teor de gorduras saturadas e pró-inflamatórias no óleo de côco. O uso de óleos vegetais com maior teor de gorduras insaturadas (como soja, oliva, canola e linhaça) com moderação, tem melhor resposta na redução de risco cardiovascular.
A Associação Brasileira de Nutrologia também se posicionou sobre o assunto constatando que quando o óleo de coco é comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, recente revisão mostrou que ele aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol) o que contribui para um maior risco cardiovascular.
A Associação Americana de Cardiologia também afirma que o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, uma causa de doenças cardiovasculares, e não tem efeitos favoráveis compensatórios conhecidos, e se posiciona contra o uso do óleo de coco.
O ideal é que cada pessoa seja orientada a usar o produto, de acordo com sua individualidade e sempre observando todos os fatores que podem levar a um futuro problema de saúde causado por uma decisão radical. Seria adequado ter um equilíbrio entre o uso destes óleos quando o paciente não tem qualquer problema relacionado a um risco cardiovascular aumentado, sendo então liberado o uso deste óleo com moderação e por um período de tempo determinado.

Conclusão

Considerando a falta de evidências científicas que comprovem os benefícios no uso terapêutico do óleo de coco e o risco potencial para a saúde, deve-se ter um maior cuidado em relação ao que se oferece para a população como alimentos “saudáveis” e é importante deixar claro que não existem milagres para emagrecer, o correto é ter uma dieta balanceada e praticar e exercícios moderadamente.  

Referências

https://www.westonaprice.org/health-topics/know-your-fats/more-good-news-on-coconut-oil/
http://www.cfn.org.br/index.php/saiba-mais-sobre-oleos-de-coco-e-de-canola/
Dauber, Riana Augusta. Óleo de coco: uma revisão sistemática. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Medicina, Curso de Nutrição, Porto Alegre, Brasil - 2015. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/129618/000974828.pdf?sequence=1


 

Article 2

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Açúcar de coco: Será uma boa alternativa para o açúcar refinado?


Muito se tem falado sobre o açúcar de coco, que tem sido amplamente utilizado para a substituição do açúcar refinado por ter a mesma capacidade de adoçamento. Mas será que ele é realmente uma boa alternativa? 




O açúcar de coco é obtido através do corte na flor do coqueiro em que a seiva é recolhida, submetida a aquecimento e desidratação, resultando em cristais. Este processo não passa por processos de refinamento e nem leva conservantes, sendo assim, é considerado um alimento minimamente processado e assim preservando a maioria de seus nutrientes como minerais e vitaminas, assim como ocorre com o açúcar mascavo. A grande presença de minerais faz com que sirvam como antioxidantes e regulem  diversos eventos fisiológicos. Isto não ocorre com o açúcar refinado, que como já é em dito em seu nome, passa por processos de refinamento não preservando seus nutrientes. Em relação ao sabor, o açúcar de coco adoça da mesma forma que o refinado os dois possuem os valores calorias semelhantes. Sendo assim qual a vantagem do açúcar de coco?

Fundamentos bromatológicos: 

Respondendo à pergunta acima: O açúcar extraído do coco possui menor índica glicêmico, o que quer dizer a velocidade em que o nível de glicose no sangue aumenta devido à presença de carboidratos no alimento é menor. Este fato ocorre devido à presença de uma fibra chamada inulina, que por não ser digerida, dificulta a ação enzimática nos carboidratos presentes neste açúcar, o que gera menores índices glicêmicos. Esta pode ser uma boa alternativa a qualquer pessoa já que apresenta mais nutrientes e menor índice glicêmico. Aos pré diabéticos se torna uma possibilidade já que não provoca picos de glicose no sangue. Mas tudo deve ser feito com muito cuidado, como pode ser visto na comparação dos rótulos acima, o açúcar de coco apresenta a mesma quantidade de calorias, de carboidratos e de tipos de carboidratos que o açúcar refinado.. Sendo assim, não é recomendado seu uso abusivo e este não deve ser utilizado por diabéticos e pessoas que querem emagrecer, como é muito visto em propagandas. Em relação ao açúcar mascavo, ele é também uma alternativa pois, apesar de os dois possuírem maior quantidade de nutrientes, o de coco apresenta maior capacidade adoçante e menor índice glicêmico. 



Legislação: 

Na rotulagem de açucares é necessário conter o tipo de matéria prima que o originou, se há presença de aditivos e quais, a informação, em destaque e em negrito: "Diabéticos: contém.....g de ....." (sacarose, glicose e ou frutose, quando for o caso) nas medidas práticas usuais (gotas, colher de café, colher de chá, envelope, tabletes ou outras), o valor energético, expresso em quilocalorias da medida prática usual do produto (gotas, colher de café, colher de chá, envelope, tabletes ou outras). 

Bibliografia: 

RDC Nº. 271, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005.










Ausência do leite materno: Por que o formulas infantis são mais recomendadas para recém nascidos ao invés do leite de vaca integral?

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Sabemos que aleitamento materno é muito importante para a saúde do bebê. O leite materno é um alimento completo e ideal para o bebê, pois ele contém todos os nutrientes em quantidades adequadas, proporciona ótimo crescimento, é de fácil digestão, fornece água para hidratação, protege contra infecções e alergias, por que em sua composição também estão presentes anticorpos que irão ajudar na defesa do recém-nascido. Porém quando há a impossibilidade de amamentação com leite humano, neste artigo discutiremos qual melhor leite deve ser indicado para o bebê recém nascido (formulas infantis ou leite de vaca integral (LVI).

 O leite de vaca e seus derivados posicionam-se, atualmente, entre os alimentos mais consumidos no mundo. Sempre foi elogiado pelas suas propriedades nutricionais, pelo seu delicioso sabor e pelas vitaminas e minerais que fornece ao nosso corpo, especialmente o cálcio. O leite de vaca integral Parmalat é rico em cálcio e proteínas e é padronizado com 3% de gordura, estabilizante trifosfato de sódio, monofosfatomonossódico, difosfato dissódico, e citrato de sódio. O rótulo abaixo não especifica muito os componentes do leite, porém podemos observar um alto teor de proteínas quando comparado com o leite materno.

Os benefícios da amamentação são inúmeros. Desde a proteção contra enterocolite necrosante, doença mortal em 70% dos recém-nascidos, até a proteção contra as doenças cardiovasculares na idade adulta. Também é importante assinalar que a amamentação é o modo mais econômico, seguro e sustentável de alimentar as crianças pequenas. A OMS recomenda que o aleitamento materno seja exclusivo até os 6 meses de idade, podendo ser introduzido outros tipos de alimentos após esse período, e recomendando-se o aleitamento ate os 2 anos de idade. Porém, existem muitas mães que desenvolvem alguns problemas durante a amamentação como fissura ou rachadura do mamilo que leva a dor, mastite que pode levar a inflamação. Alem disso existem casos onde a mãe não produz o leite e muitas tem dificuldade pela dor ao amamentar, mas mesmo assim o bebê ainda precisa se alimentar. A partir disso, a mãe recorre ao leite artificial. Mas quando a mãe não pode amamentar, entre as formulas infantis (leites NAN) e leite de vaca integral comum, qual seria o melhor para alimentar o bebê recém nascido?

 Quando chegamos ao mercado ou na farmácia, observamos uma série de produtos (com diversos nomes comerciais, números e formas ‘atrativas’) expostos nas prateleiras de drogarias, de onde partem as diversas dúvidas dos pais de quais seriam os benefícios de cada alimento, quando e porque utilizar cada um deles. Dentre os produtos mais indicados e vendidos, encontra-se o NAN®, apresentado no mercado das Fórmulas Infantis como uma excelente alternativa para bebês saudáveis ou com problemas decorrentes de digestão inadequada, bem como os problemas de gases. O objetivo deste trabalho será comparar o leite NAN com um leite de vaca integral (Parmalat) e ver qual dos dois é mais indicado para o bebê recém nascido, quando há ausência do leite materno humano.

 Fundamentos Bromatologicos

• Leite Materno 

O aleitamento materno evita infecções e alergias por causa da presença de anticorpos e hormônios que são essenciais para o crescimento do bebê, além de fortalece o vínculo mãe-filho e é recomendado exclusivamente o aleitamento materno ate os 6 meses. A composição do leite materno em termos de nutrientes difere tanto qualitativa quanto quantitativamente das formulas infantis. Vários fatores bioativos como insulina, esteróides adrenais, T3 e T4 estão entre os hormônios encontrados no leite materno, como também, a presença de leptina, a qual poderia desempenhar um papel regulador no metabolismo do lactente, visto que esse hormônio tem ação de inibir o apetite e as vias anabólicas, e estimular as vias catabólicas. Importante destacar as diferentes respostas endócrinas, no que diz respeito à liberação de hormônios pancreáticos e intestinais, entre recém-nascidos alimentados com leite materno e com as formulas infantis. Na tabela abaixo, podemos observar de forma resumida a composição do leite materno: 


 Tabela 1: Composição do leito materno. Adaptado de Bortolozo e cols. 2004.


 • Composição do Leite NAN OPTIPRO 1

O leite NAN OPTIPRO 1 é um leite para lactentes saudáveis, desde o nascimento e quando não amamentados, com uma composição proteica única. Segundo o fabricante, em sua composição LC-PUFAs – Dois ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa (DHA e ARA) que estão também presentes no leite materno. É um leite originado do soro lácteo e contem proteínas do soro de leite, leite magro, óleos vegetais (palma, colza, coco, girassol) e de Mortierella alpina, lactose, substâncias minerais (citrato de cálcio, citrato de potássio, cloreto de magnésio, cloreto de potássio, cloreto de sódio, fosfato de sódio, sulfato ferroso, sulfato de zinco, sulfato cúprico, selenato de sódio, iodeto de potássio, sulfato de manganês), óleo de peixe, emulsionante (lecitina de soja), vitaminas (C, E, PP, ácido pantoténico, A, B1, B6, D, K, B2, ácido fólico, B12, biotina), L-fenilalanina, cultura de bifidobactérias, taurina, L-histidina, inositol, nucleótidos, L-carnitina, todos esses componentes muito importantes para o crescimento saudável do bebê.


 Fonte: https://www.nestlebebe.pt/nan-1 

 • Composição do Leite de vaca integral Parmalat



 Fonte: http://www.parmalat.com.br/#leites

Legislação

Resolução RDC n. 45/2011- Regulamento Técnico para fórmulas infantis para lactentes destinadas a necessidades dietoterápicas específicas e fórmulas infantis de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinadas a necessidades dietoterápicas específicas. De acordo com o inciso I do artigo 6º desta Resolução, fórmula infantil para lactentes destinada a necessidades dietoterápicas específicas é aquela cuja composição foi alterada ou especialmente formulada para atender, por si só, às necessidades específicas decorrentes de alterações fisiológicas e/ou doenças temporárias ou permanentes e/ou para a redução de risco de alergias em indivíduos predispostos de lactentes até o sexto mês de vida (5 meses e 29 dias).
As formulas infantis também são regulamentadas pela Lei nº 11.265 de 3 de janeiro de 2006 que dispõe sobre a comercialização de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância e também a de produtos de puericultura correlatos
Segundo a OMS as fórmulas infantis são preparadas de acordo com os padrões Codex Alimentarius (coletânea de padrões reconhecidos internacionalmente contendo códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e segurança alimentar) e que são alimentos complementares seguros e substitutos adequados do leite materno
Existem ainda diversas outros tipos de legislação para regulamentar rotulagem, manipulação, armazenamento e diversos outros parâmetros pertinentes a este tipo de preparação que o consumidor não tem acesso. Todas as normas brasileiras são baseadas em recomendações internacionais do CODEX, FAO e OMS, porém é importante perceber a grande dificuldade existente para o consumidor avaliar o produto que está adquirindo.

 Discussão 

Dentre os carboidratos presente no leite humano, observamos um teor elevado de lactose, enquanto o leite de vaca integral (LVI) possui um baixo teor de lactose e ausência de oligossacarídeos, este ultimo presente no leite humano, que juntamente com a lactose estimula a formação de uma flora intestinal. Enquanto que as formulas infantis possuem quantidade de carboidratos (lactose) igual ou bem próxima a quantidade presente no leite humano.
Além do baixo teor, o ferro do leite de vaca não é bem absorvido pelo organismo de lactente. Outro fator agravante que contribui o aumento do risco de deficiência de ferro e anemia no 1o ano de vida é o fato de que o consumo de leite de vaca está associado à perda de sangue pelas fezes de uma maneira despercebida pelas mães e cuidadores. Tal evento cessa após a criança completar 1 ano, idade esta em que o trato gastrointestinal já está mais desenvolvido.
Ainda também em virtude de um trato gastrointestinal não totalmente desenvolvido, o consumo de LVI por crianças menos de 12 meses têm sido relacionado como um fator predisponente no aparecimento da alergia a proteína do leite de vaca, uma condição que afeta 0,4% a 7,5% das crianças de 0 a 2 ano de idade. Além disso, a exposição precoce da criança ao LVI aumenta o risco não somente de reações adversas a este leite, como também de alergias a outros alimentos. As formulas artificiais possuem um teor moderado de proteína, e o processamento melhor a digestibilidade proteica, além de ter uma composição de aminoácidos modificada, facilitando a digestão do bebê, além de prevenir contra alergias. 
Outro risco associado a sua ingestão é o de desenvolver uma sobrecarga renal, com distúrbios de eletrólitos e com elevação de sódio no sangue. Apesar das funções metabólicas e excretoras do lactente normal acima de 6 meses de idade estarem mais maduras e, na maioria das vezes, poder suportar bem esta sobrecarga, a margem de segurança continua sendo maior quando o alimento é o leite materno ou algum fórmula modificada. Existe ainda o risco de deficiência de cobre, zinco, vitamina A, C, E e ácido fólico e gorduras essenciais (ômega 3 e ômega 6) principalmente quando se utiliza o LVI muito diluído, prática esta comumente observada. A deficiência de algumas vitaminas pode ser ainda agravada pelo processamento térmico do leite. Porém observamos a presença dessas vitaminas nas formulas infantis, assim como o leite humano que ter um teor essencial de vitaminas para suprir a necessidade do lactente. 

 Conclusão 
O leite materno atende todas as necessidades nutricionais do bebê exclusivamente até o sexto mês de vida, sendo também recomendado como o leite de escolha entre a idade de 6 a 12 meses junto à alimentação complementar. Ele não é apenas uma fonte de nutrientes especificamente adaptada à capacidade metabólica do bebê, como também uma substância viva de grande complexidade biológica, ativamente protetora de infecções e alergias, por exemplo. Quando não há a possibilidade de amamentar o bebê com o leite materno, dada as evidências, não se recomenda então a utilização do leite de vaca integral na alimentação da criança durante o primeiro na de vida, sendo preferível o uso de formulas infantis como por exemplo o NAN OPTIPRO 1, que é uma formula infantil mais próxima do leite materno, conforme discutido anteriormente.


 Referencias

 1. Codex Alimentarius Commission. Joint FAO/WHO Food Standards Program. Codex Standard for Processed Cereal-based Foods for Infants and Children (Codex Stan 74-1991). In: Codex Alimentarius, v.4, Ed 2. Rome, 1994. 

2. Leite humano processado em bancos de leite para o recém-nascido de baixo peso: análise nutricional e proposta de um novo complemento - Eliana Aparecida Fagundes Queiroz BortolozoI, *; Emiliana Borges TiboniII; Lys Mary Bileski CândidoIII 
3. http://www.leitematerno.org/oms.htm - acesso em 08/06/2017
4. http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2014-1/qual-a-importancia-do-aleitamento-materno - acesso em 08/06/2017
5. http://www.parmalat.com.br/#leites 
6. https://brasil.babycenter.com/x4700079/quando-posso-come%C3%A7ar-a-dar-leite-comum-ao-beb%C3%AA#ixzz4jRLuJmLu


Glúten e diabetes: A restrição do glúten pode aumentar o risco de diabetes tipo 2?

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      Glúten free é a mais nova dieta da “moda” que está fazendo sucesso por quem busca um corpo perfeito. Mas, estudos recentes, mostram que tal escolha pode trazer malefícios à longo prazo. 


       Com o crescente desejo à procura do corpo ideal, as pessoas vêm seguindo planos dietéticos, sem indicação médica e/ou de nutricionistas. Atualmente, o glúten tem sido associado como “o vilão” da boa forma e do emagrecimento e decidiram excluí-lo da alimentação, muitas vezes, sem necessitar de tal restrição. Os efeitos indesejáveis de tais ações vêm sendo cada vez mais alvos de debates científicos, uma vez que pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, pois ao restringir o glúten se acaba ingerindo alimentos com baixo teor de fibras.
Fundamentos bromatológicos
     O Glúten é um composto de proteínas encontrada no trigo, cevada, malte, centeio, aveia e seus derivados, ou seja, está muito presente em grande parte das dietas do mundo ocidental, como pães, biscoitos e até mesmo na cerveja. É constituído por frações de gliadina e glutenina que ao serem hidratadas ligam-se entre si e a outros componentes macromoleculares por meio de diferentes tipos de ligações químicas e originam o glúten. O trigo é o único cereal que apresenta gliadina e glutenina em quantidade adequada para formar o glúten. Nos outros cereais supracitados, essas proteínas estão presentes de outras formas, como no caso da cevada que é a Hordeína.
    Sua exclusão tem ocorrido de forma rotineira entre pessoas que almejam o emagrecimento, entretanto sem uma orientação especializada, o que pode acarretar em danos à longo prazo, como no risco de desenvolver diabetes do tipo 2. Nesse contexto, quem realmente precisa retirar o glúten da alimentação são os pacientes celíacos, onde o glúten pode ser prejudicial ao organismo. 
       A doença celíaca é uma desordem autoimune inflamatória que afeta, principalmente, o intestino delgado. Ao ingerir o glúten, ocorre um processo inflamatório no intestino delgado acarretando em danos às vilosidades intestinais, responsáveis pelo revestimento e absorção de nutrientes no intestino. Tal processo, demonstrado na figura 1, pode acarretar em diarreia, fraqueza, perda de peso devido a má absorção de nutrientes e anemia.

Figura 1: Representação da mucosa do intestino
     Além dos celíacos, há pessoas que têm sensibilidade ao glúten, que ao ingerirem a proteína relatam sintomas como gases e diarreia sanguinolenta, porém não resultam em vilosidades intestinais danificadas.
     Já o diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que, atualmente, é um grande problema de saúde pública, uma vez que possui alta prevalência, morbi-mortalidade e custos referentes ao seu tratamento. É caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia), o que pode ocorrer devido a falhas na secreção ou a irregularidade na ação do hormônio insulina. Tal patologia pode se manifestar de duas formas: DM tipo 1 e tipo 2, iremos nos atentar a essa última.
     Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 é a mais comum em adultos e está associada à obesidade, em grande parte dos casos. Em tal enfermidade, há a produção da insulina pelas células beta pancreáticas, entretanto a hiperglicemia é devido a irregularidade na ação do hormônio insulina caracterizando um quadro de resistência insulínica, o que acarreta no aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes.
      Com relação à fibra, pode-se defini-lá com base em três critérios: químico, botânico ou fisiológico. No quesito químico destaca-se como o resíduo obtido após o tratamento dos vegetais com ácido e álcali. Quanto ao conceito botânico relaciona-se aos elementos fibrosos da parede vegetal ou da estrutura intracelular da planta. Já no aspecto fisiológico, toda fibra alimentar precisa ter uma função fisiológica, independente da sua origem ou estrutura, sendo esta a mais aceita.
        Elas podem ser classificadas, conforme sua solubilidade em água, em : solúveis e insolúveis, onde essas contribuem para a redução de peso, pois induzem a saciedade e estimulam os movimentos peristálticos intestinais através do aumento do bolo-fecal e aquelas retardam o esvaziamento gástrico e o transito intestinal. 

Legislação:

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável pela elaboração e fiscalização das regulamentações sobre rotulagem de alimentos. As principais resoluções são a RDC 259 de 2002 sobre rotulagem geral de alimentos e a RDC 360 sobre rotulagem nutricional. Segundo o Código de Defesa do Consumidor temos direito à informação clara e precisa de produtos, principalmente em relação aos possíveis riscos à saúde.
Com o aumento da frequência de doenças celíacas e doenças relacionadas à ingesta de alimentos alergênicos, a Anvisa realizou uma consulta pública acerca da obrigatoriedade de rotulagem de substâncias “alergênicas” em alimentos industrializados com o intuito de que sejam citados nominalmente no rótulo.
          Apesar de toda regulamentação sobre rotulagem de alimentos no Brasil ser harmonizada com os países do Mercosul, a Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa decidiu assumir essa regulamentação unilateralmente por se tratar de um caso que oferece grande risco à saúde da população. Além disso, a grande quantidade de ações civis públicas e de ações de consumidores pedindo que tais informações constem nos rótulos serviram como motivação para que a Anvisa desse prosseguimento ao assunto, independente do que pensam os demais países do Mercosul.
Em 1992 foi promulgada a Lei Federal n° 8.543, a primeira que beneficiou os celíacos, pois estabelece que todos os alimentos industrializados que contenham glúten, como trigo, aveia, cevada, malte e centeio e/ou seus derivados, deveriam conter, obrigatoriamente, a impressão da advertência “contém glúten” nos seus rótulos e embalagens, a fim de evitar a doença celíaca ou síndrome celíaca. Tal advertência deve ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos industrializados em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura. No entanto, os alimentos que não contém glúten não precisavam, segundo a lei, fazer constar na embalagem os dizeres “não contém glúten” e, estes são os alimentos que podem ser consumidos pelos celíacos.
 A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), visando padronizar a advertência a ser declarada em rótulos de alimentos que contenham glúten, preconizou a Resolução RDC nº 40, de 8 de fevereiro de 2002 que se aplica à Rotulagem de Alimentos e Bebidas, onde “Todos os alimentos e bebidas embalados que contenham glúten, como trigo, aveia, cevada, malte e centeio e/ou seus derivados, devem conter, no rótulo, obrigatoriamente, a advertência: “Contém Glúten”. Excluem-se deste regulamento bebidas alcoólicas”. Todavia, a cevada é utilizada na fabricação da cerveja, do uísque e do gim e o centeio, na fabricação da vodka.
Então, em 2003 foi decretada a Lei Federal nº 10.674, na qual obriga que todas as empresas que fabriquem produtos alimentícios devem informem sobre a presença ou ausência de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca. Tais informações deverão está contidas obrigatoriamente no rótulo e bula dos alimentos industrializados, da seguinte forma: "contém Glúten" ou "não contém Glúten". A advertência deve ser impressa nos rótulos e embalagens dos produtos respectivos assim como em cartazes e materiais de divulgação em caracteres com destaque, nítidos e de fácil leitura. Nenhuma referência foi feita em relação às bebidas alcoólicas e, nem em relação à quantidade máxima de gliadina permitida.
Em 2015, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária adota a Resolução ANVISA/DC Nº 26, na qual dispõe sobre os requisitos para rotulagem obrigatória dos principais alimentos que causam alergias alimentares. Esta Resolução se aplica aos alimentos, incluindo as bebidas, ingredientes, aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia embalados na ausência dos consumidores, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos serviços de alimentação. Tal publicação não altera as exigências legais vigentes sobre a declaração da presença ou da ausência de glúten estabelecidas na Lei n. 10.674/2003, pois esses dispositivos legais cobrem regras diferentes. Enquanto esta define como deve ser a rotulagem para declaração do glúten para fins de doença celíaca, aquela estabelece regras para a rotulagem dos principais alimentos alergênicos, como o trigo por exemplo, o qual possui as proteínas que originam o glúten.

Discussão:

    Um estudo observacional realizado pelo Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, acompanhou 200 mil pessoas por 30 anos e constatou que ingerir menos glúten aumenta o risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e o contrário também é verdadeiro. A pesquisa mostrou que quem ingeriu a maior quantidade de glúten teve 13% menos chances de desenvolverem a doença do que quem consumia a menor, de até 4g diárias. No presente estudo, os pesquisadores observaram que os participantes que comiam menos glúten começaram a consumir alimentos com menos fibras e com alto índice glicêmico. Para eles, a grande questão por trás da relação entre a retirada do glúten e o diabetes seria as substituições. 
          Algumas evidências têm demonstrado que as fibras são capazes de impedir o desenvolvimento de diabetes mellitus e reduzir valores de glicose pós-prandial e, em consequência, a resposta insulínica.
    "Os alimentos sem glúten geralmente têm menos fibras alimentares e outros micronutrientes, tornando-os menos nutritivos. Pessoas sem doença celíaca podem reconsiderar a limitação da ingestão de glúten para a prevenção de doenças crônicas, especialmente para diabetes" disse Geng Zong, Ph.D., pesquisador do Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard.
        Em outro estudo, avaliaram um grupo de homens e mostrou que uma dieta rica em fibras reduziu o risco de DM. Num terceiro estudo, com indivíduos não diabéticos com familiares sem DM, o consumo de uma dieta rica em fibras foi inversamente associado à resistência insulínica. Tais dados sugerem que as fibras podem ter um papel na prevenção da DM.
           Como dito anteriormente e com base na declaração do endocrinologista Daniel Kendler, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a fibra é um fator de proteção para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, pois a sua ingesta adequada na alimentação faz com que atrase o esvaziamento gástrico, ou seja, o carboidrato é absorvido e lentamente e, com isso, diminuindo as taxas de glicose na corrente sanguínea e, assim, não havendo um aumento abrupto dos níveis de insulina e uma possível resistência a mesma.

Conclusão:

     O fato principal é que as pessoas estão considerando o glúten como o “inimigo” das dietas e retirando-o da mesma, porém sem nenhuma comprovação e sem idealizar possíveis consequências. Tal restrição só deve ser feita com orientação nutricional, porém havendo necessidade. É preciso conscientizar as pessoas de que um manejo dietoterápico deve ser feito com cautela e orientação, a fim de uma melhora do padrão alimentar concomitante ao do bem estar eevitar prejuízos à longo prazo para a saúde.

BIBLIOGRAFIA

ACELPAR (Associação dos Celíacos do Paraná). Disponível em: www.acelpar.com.br

SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Disponível em: https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/
Dieta com pouco glúten pode está associada com alto risco de diabetes tipo. Publicado em 09/03/2017. Disponível em:

MUNHOZ, M.P.; SOUZA, J.O.; LEMOS, A.C.G.; GONÇALVES, R.D.; FABRIZZI, F.;  OLIVEIRA, L.C.N.; Nutrição e Diabetes;  Revista Odontológica de Araçatuba, v.35, n.2, p. 67-70, Julho/Dezembro, 2014

Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Princípios para orientação nutricional no diabetes mellitus. Disponível em: http://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-2/004-Diretrizes-SBD-Principios-pg19.pdf

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Inimigo do peso? Nº 1695 - Ano 36
17.5.2010. Disponível em:
https://www.ufmg.br/boletim/bol1695/4.shtml

POSSIK, P.A.; FINARDI FILHO, F.; FRANCISCO, A.; LUIZ, M.T.B. Alimentos sem glúten no controle da doença celíaca. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, v. 29, p. 61-74, jun. 2005. http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/97.pdf

BRASIL. Lei Federal nº 8.543 de 23 de dezembro de 1992. Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/440852.pdf



BRASIL. Lei Federal nº 10.674 de 16 de maio de 2003. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33916/393963/lei_10674.pdf/eb3ab49c-5d38-4633-8c15-2031101ae27e

BRASIL. Resolução RDC nº 40, de 8 de fevereiro de 2002. Disponível em: http://controlare.com.br/portal/pdf/legislacao/Resolucao_RDC_40_08_fevereiro_2002.pdf

Reposição de colágeno por balas de gelatina FINI: é possível?

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As Balas de Gelatina Fini Natural Sweets Vitamina Colágeno são fabricadas à base de gelatina e contém adição de colágeno, elas possuem o objetivo de auxiliar na reposição do colágeno e na dieta de baixa ingestão de açúcar. Em suas propagandas, ela ainda é enaltecida por possui corante e aroma natural, e não conter glúten ou açúcares. Mas será que essas balas realmente são eficientes na reposição de colágeno?  



Introdução
Nos dias atuais, a busca pela vida saudável, pela beleza do corpo, por ser fitness tem aumentado constantemente e há muitos que andam se aproveitando dessa nova “onda”. Muitos andam lançando mão de produtos inovadores, produtos capsulados ou até mesmo em forma de gelatinas contendo colágeno, por exemplo, podem ser encontrados em prateleiras de farmácias e, quem sabe no mercado.
                Frequentemente a proposta desses produtos não é realmente uma verdade. Tomar essas cápsulas ou comer essas balas, muitas vezes, não leva a uma real reposição ou absorção significativa da substância desejada. Não obstante, essas marcas, muitas vezes, usam celebridades que possuem muitos seguidores em redes sociais para fazer propaganda de seus produtos.

Fundamentos Bromatológicos e Discussão
            Como ingredientes presentes no rótulo: Xarope de Glicose, Açúcar, Água, Colágeno, Concentrado de Cenoura, Maçã e Cártamo, Óleo Vegetal não Hidrogenado de Coco e Palmiste, Gelificantes: Gelatina e Pectina, Acidulantes: Ácido Cítrico e Ácido Láctico, Antioxidante: Lactato de Sódio, Aromas Naturais de: Morango, Maçã Verde e Laranja e Corantes Naturais: Antocianina e Clorofilina Cúprica. Não Contém Glúten.
Tabela nutricional:
Informação Nutricional
Quantidade por porção
18 g (1 pacote)
% VD (*)
Valor energético/ Calorias
63 kcal = 266 kJ
3
Carboidratos
15 g
5
Proteínas
1,0 g
1
Sódio
11 mg
0
“Não contém quantidade significativa de gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans e fibra alimentar”. (*) % Valores Diários com base em uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

           
Este é um produto a base de gelatina e contem adição de colágeno. O colágeno é um ingrediente com características funcionais, é uma proteína de origem animal, cuja função no  organismo é contribuir com a integridade estrutural dos tecidos em que está presente. Ele pode ser encontrado nos tecidos conjuntivos do corpo, tais como os ossos, tendões, cartilagens, veias, pele, dentes, bem como nos músculos e na camada córnea dos olhos.
            gelatina é um derivado bovino e tem a habilidade de formar géis estáveis e reversíveis. É amplamente utilizada na indústria de alimentos, cosméticos e fármacos, sendo produzida em grande escala e a preços relativamente baixos, justificando assim o grande interesse em seu uso devido às suas propriedades multifuncionais: habilidade de formar géis estáveis e reversíveis.
                A principal diferença da gelatina para o colágeno, o qual pode ser comprado na forma de pó ou cápsulas, é que a gelatina não passa pelo processo de hidrólise, ou seja, ela não é hidrolisada, mas também é colágeno (não hidrolisado). Por outro lado, o colágeno hidrolisado (tipo I) também é um derivado bovino com alto conteúdo protéico (84 a 90%), sua extração é feita em água ou através de enzimas, este processo de hidrólise quebra as moléculas da proteína presente no colágeno. Logo, com um tamanho menor, elas são absorvidas pelo organismo com mais facilidade. O colágeno hidrolisado não apresenta poder de gelatinização, sendo de fácil manuseio e pode ser usado no preparo de diversos alimentos em conjunto com a gelatina.
                As balas de gelatina Fini Natural Sweets Vitamina Colágeno de 18g são fabricadas à base de gelatina e sua propaganda diz que ela possui o objetivo de auxiliar na reposição do colágeno e na dieta com baixa de ingestão de açúcar. Ainda se dizem ótimas para acompanhar o dia-a-dia, pois vêm em embalagem prática de 18 gramas, sendo “perfeita” para consumo após o lanche e ideal para levá-la a academia, piqueniques, reunião de trabalho, no ônibus ou no carro.
                No endereço eletrônico da marca, há a seguinte descrição: “Sendo uma das proteínas mais abundantes no organismo, o colágeno é importante para o ser humano, em todas as fases da vida. São exemplos de boas fontes do colágeno, a gelatina, carnes, ovo e frutas cítricas.”
                Observando a lista de ingredientes, percebe-se a presença de xarope de glicose e açúcar. Ou seja, não é um alimento capaz de ajudar na dieta de quem pretende diminuir a ingesta de açúcar. Por outro lado, como é possível notar na lista de ingredientes, nessas balas há realmente a presença de colágeno, porém, é o colágeno na sua forma íntegra, o qual apresenta uma taxa de absorção irrelevante pelo nosso organismo. O ideal para consumo oral é o colágeno hidrolisado, o mesmo é reconhecido como um nutracêutico seguro, cuja combinação de aminoácidos estimula a síntese de colágeno nas cartilagens e na matriz extracelular de outros tecidos.

Legislação
            A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabeleceu na RDC N° 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999, as diretrizes básicas para análise e comprovação de propriedades funcionais e/ou de saúde alegadas em rotulagem de alimentos, tais como:
a) não se pode apresentar no rótulo atributos de efeitos ou propriedades que não possam ser demonstrados;
b) é proibida a indicação de que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas.
                Ainda sobre as diretrizes para utilização da alegação de propriedades funcionais e ou de saúde, é previsto nessa RDC que são permitidas alegações de função e/ou conteúdo para nutrientes e não nutrientes; podendo ser aceitas aquelas que descrevem o papel fisiológico do nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento e funções normais do organismo, mediante demonstração da eficácia. Para os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade científica não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem.
                Na Consulta Pública nº 66, de 16 de agosto de 2001, feita ANVISA, diz:
 “12. PROPAGANDA
12.1. Deve atender ao disposto no Decreto -Lei 986, de 12 de outubro de 1969 e ao Regulamento Técnico específico sobre propaganda de alimentos.
12.2. Qualquer informação sobre as propriedades do produto, veiculada por qualquer meio de comunicação, não pode ser diferente daquela aprovada para a rotulagem.
12.3. Qualquer folheto que venha a acompanhar o produto não pode veicular informações diferentes daquelas aprovadas para a rotulagem.”

Conclusão
                Assim, é possível dizer que esse produto não segue a Consulta Pública nº 66, de 16 de agosto de 2001, fazendo, desse modo, uma propaganda irregular de seu produto.  Esse produto também não obedece as diretrizes da RDC N° 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999, uma vez que é atribuído a ele efeitos e propriedades que não podem ser demonstradas, pois o colágeno íntegro não é absorvido, logo, não exerce suas funções. O produto, além disso, apresenta indicação propriedades terapêuticas, pois diz que aumenta a absorção de colágeno, o que é uma afirmação falsa e proibida de ser feita.
                Dessa maneira, é uma ilusão acreditar que essas balas são uma fonte de colágeno para quem busca reposição do mesmo, bem como seu consumo é um engodo para quem objetiva uma dieta com uma redução na quantidade de açúcar.
                É verdade que existem muitos consumidores intentando uma vida mais saudável, os quais, por outro lado, não querem abrir mão de suas guloseimas, desde que essas sejam “saudáveis”. Sendo esse grupo de pessoas, o qual cresce progressivamente, o público alvo do produto Balas de Gelatina Fini Natural Sweets - Vitamina Colágeno. Isso nos leva a acreditar que esse produto não passa de uma jogada de marketing.

Referências
Ø  Porfírio, Elisângela, and Gustavo Bernardes Fanaro. "Collagen supplementation as a complementary therapy for the prevention and treatment of osteoporosis and osteoarthritis: a systematic review." Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia 19.1 (2016): 153-164.
Ø  GONÇALVES, Gleidiana Rodrigues et al. Benefícios da ingestão de colágeno para o organismo humano. Revista Eletrônica de Biologia (REB). ISSN 1983-7682, [S.l.], v. 8, n. 2, p. 190-206, ago. 2015. ISSN 1983-7682. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/reb/article/view/18568>. Acesso em: 17 jun. 2017.
Ø  FERREIRA DA SILVA, Tatiane; BARRETTO PENNA, Ana Lúcia. Colágeno: Características químicas e propriedades funcionais. Rev. Inst. Adolfo Lutz (Impr.),  São Paulo,  v. 71,  n. 3,   2012 .   Disponível em <http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-98552012000300014&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  17. jun.  2017.
Ø  ANVISA. Consulta Pública nº 66, de 16 de agosto de 2001 D.O de 17/08/2001. Disponível em: <http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/CP/CP%5B2820-1-0%5D.PDF>Visualizado 17.06.2017.
Ø  ANVISA. RDC N° 18, DE 30 DE ABRIL DE 1999. Disponível em: < http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/RES_18_1999_COMP.pdf/dd30fd35-e7ea-4f8d-be72-ae2e439191b0> Acesso em 18.06.2017
Ø  Fini Store, Disponível em: <http://www.finistore.com.br/natural-sweets-colageno/p> Acesso em 17.06.2017
Droga Raia, Disponível em: < http://www.drogaraia.com.br/cuidados-diarios/fini-natural-sweets-colageno-sache-18g.html> Acesso em 17.06.2017

Article 4

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KefirReal® com Magnésio: Suplemento vitamínico e mineral ou medicamento probiótico à base de magnésio?

O produto KefirReal® com Magnésio é descrito, no site da distribuidora Biológicus, como um suplemento vitamínico e mineral com ampla variedade de benefícios à saúde. Ele contém bisglicinato de magnésio e kefir liofilizado em cápsulas gelatinosas. A ingestão recomendada é de duas cápsulas ao dia, correspondendo a 48% da ingestão diária de magnésio recomendada.
 No site da Biológicus, é apresentado como um produto que: melhora o sono, proporcionando uma sensação geral de bem estar; Atua na formação de colágeno para manter a pele saudável; Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares; Diminui a tensão nervosa, estresse, tensão pré-menstrual, depressão e menopausa; Previne lesões gástricas; Atua nos sistemas ósseo, glandular, urinário, nervoso, neuromuscular e cardiovascular; Participa nos processos enzimáticos e manutenção do equilíbrio osmótico; Participa no armazenamento e liberação de energia da célula.
Considerando os benefícios alegados pela marca inerentes ao uso do produto e a sua composição: seria o KefirReal® com Magnésio verdadeiramente um suplemento vitamínico e mineral?
Imagem 1. Ilustração da marca usada na divulgação do produto.



 FUNDAMENTOS BROMATOLÓGICOS:
Kefir é uma bebida fermentada, promovida por uma associação simbiótica de bactérias ácido-láticas, bactérias acéticas e leveduras. Os grãos de kefir são constituídos por uma matriz de sustentação polissacarídica e de aspecto gelatinoso, denominada kefiran, a qual atribui-se propriedades funcionais como: reduzir a constipação; inibir o aumento da pressão sanguínea e reduzir o aumento dos níveis de colesterol sérico, em modelos animais.
Tanto o kefir quanto os produtos elaborados a partir dos grãos de kefir são estudados em função de suas propriedades benéficas à saúde. Efeitos sobre a intolerância a lactose, reconstituição da flora intestinal, modulação da imunidade, potencial antioxidante e atividade antibacteriana estão entre os mais explorados. Os efeitos na promoção da saúde podem estar relacionados com a atividade biológica dos microrganismos presentes nos grãos e com os metabólitos gerados durante o processo fermentativo, como ácidos orgânicos e as bacteriocinas.
O leite fermentado por grãos de kefir é ácido e levemente alcoólico. É considerado excelente fonte de nutrientes, apresenta baixo teor de lactose, amino ácidos e proteínas de alto valor biológico (ex.: triptofano, amino ácido relacionado à “melhora do sono”), vitaminas e minerais. O leite fermentado é apreciado mundialmente e a produção artesanal para doação é comum, apesar do alto risco de se adquirir um kefir artesanal contaminado por coliformes fecais.
 Originalmente, os grãos de kefir eram usados para fermentar o leite de cabra ou vaca. Mas atualmente, são adicionados ao leite de soja, ao leite de arroz e ao leite de coco. Outros líquidos açucarados também são usados na produção do kefir, incluindo suco de frutas, água de coco, cerveja e cerveja de gengibre.
LEGISLAÇÃO:
A Instrução normativa nº 46 de 2007 estabelece que um leite fermentado ou cultivado seja obtido a partir da fermentação com um ou vários dos seguintes microorganismos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei, Bifidobacterium sp., Streptococus salivarius subsp. thermophilus e/ou outras bactérias acido-lácticas que, por sua atividade, contribuem para a determinação das características do produto final. Os microrganismos empregados na fermentação devem ser viáveis, ativos e abundantes no produto final durante seu prazo de validade.
Segundo normas internacionais estabelecidas pelo Codex Alimentarius, leites fermentados devem ser produtos originados do leite, o qual possui ou não modificação composicional, fermentado por microorganismos adequados, resultando na diminuição do pH com ou sem coagulação (precipitação isso-elétrica). Estes microorganismos iniciais devem ser viáveis, ativos e abundantes no produto até a data de durabilidade mínima. Se o produto for tratado termicamente após a fermentação, o requerimento sobre microorganismos viáveis ​​não se aplica. Os microorganismos encontrados no kefir podem ser: Lactobacillus kefiri; Lactobacillus delbrueckii subsp. Bulgaricus; Kluyveromyces marxianus; espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter; leveduras fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não fermentadoras de lactose (Saccharomyces unisporus, Saccharomyces cerevisiae e Saccharomyces exiguus).
A portaria nº 32/1998 do ministério da saúde define um suplemento vitamínico e/ou mineral como alimentos com finalidade de complementar a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente ou quando a dieta requerer suplementação. Ela também estabelece que os produtos contenham um mínimo de 25% e no máximo até 100% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitaminas e ou minerais, na porção diária indicada pelo fabricante, não podendo substituir os alimentos, nem serem considerados como dieta exclusiva. O produto deve conter a orientação em negrito "Gestantes, nutrizes e crianças até 3 (três) anos, somente devem consumir este produto sob orientação de nutricionista ou médico”.
Quanto à rotulagem, a portaria nº 32/1998 estabelece que o produto não pode incluir “qualquer expressão que se refira ao uso do Suplemento para prevenir, aliviar, tratar uma enfermidade ou alteração do estado fisiológico”. Entretanto, “São permitidas somente informações sobre as funções cientificamente comprovadas das vitaminas e minerais, descrevendo o papel fisiológico desses nutrientes no desenvolvimento e ou em funções do organismo”.

Imagem 2. Informações constantes no rótulo do produto.

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO:
A recomendação de uso de duas cápsulas por dia do produto, bem como a orientação a gestantes, nutrizes e crianças até três anos encontra-se em acordo com a portaria 32/1998.
Entretanto, os benefícios do produto KefirReal® descritos no site da Biológicus estão em desacordo com o permitido pela legislação específica para suplementos vitamínicos e minerais, evidenciando-se uma propaganda inadequada. As funções do magnésio cientificamente comprovadas podem constar no rótulo, porém, desde que acompanhadas da descrição do papel fisiológico, o que não é observado. O observado no rótulo é a mistura de propriedades funcionais associadas ao magnésio e das associadas ao alimento probiótico kefir, ficando vago e não explicitando o papel fisiológico adequadamente e separadamente.
 Para que o produto mantenha as alegações de todas as funcionalidades associadas, devem ser conduzidos estudos clínicos que comprovem sua segurança e eficácia. E, se tais benefícios forem de fato comprovados, o produto poderia vir a ser um medicamento probiótico contendo magnésio.

REFERÊNCIAS
https://www.biologicus.com.br/kefirreal
HICKEY, M. Current Legislation of Market Milks. Milk Processing and Quality Management, p. 101, 5, 2009.
WESCHENFELDER, S. et al. Physicolchemical and sensorial characteristic of traditional kefir and derivatives. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v. 63, n. 2, p. 473-480, 2011.
MAEDA, H. et al. Effects of an exopolysaccharide (kefiran) on lipids, blood pressure, blood glucose, and constipation. Biofactors, v. 22, n. 1‐4, p. 197-200, 2004.
ROSA, Damiana D. et al. Milk kefir: nutritional, microbiological and health benefits. Nutrition Research Reviews, p. 1-15, 2017.
http://iberoquimica.com.br/Arquivos/Insumo/arquivo-113709.pdf
http://loja.biologicus.com.br/kefir-real-suplemento-a-base-de-magnesio?search=kefir
Nº, INSTRUÇÃO NORMATIVA. 46, De 23 De Outubro De 2007. Regulamentos Técnicos.
Portaria n.32 SVS/MS, de 13 de janeiro de 1998. A Secretária de Vigilância Sanitária do MS adota a Ingestão Diária Recomendada (IDR) para vitaminas, minerais e proteínas. Diário Oficial da União.
http://portal.anvisa.gov.br/alimentos/alegacoes
http://portal.anvisa.gov.br/registros-e-autorizacoes/medicamentos/produtos/biologicos/probioticos

Pelo de roedor no extrato de tomate: Os limites estabelecidos pela Anvisa são seguros a saúde?

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    No início de 2017 uma notícia tornou-se polêmica para a população:

"Anvisa proíbe venda de lote de extrato de tomate com pelo de roedor".

     Como se já não fosse o bastante, a afirmação que relatava o limite de pelo de roedor acima do permitido foi muito questionada. Afinal, como é possível que a legislação permita que um alimento tão presente na cozinha da população brasileira possua vestígios de animais que possam acarretar malefícios a saúde e, ainda, transmitir doenças? 



    Polêmicas como a do extrato de tomate com pelo de roedor são altamente comentadas e compartilhadas, principalmente nos dias de hoje, onde os consumidores estão bastante preocupados com a qualidade de vida e o bem estar, estando por dentro de assuntos relacionados a saúde e alimentação. 
    Isto põe em questionamento a confiança da população na vigilância sanitária e na marca, além do receio ao comprar e ingerir determinados produtos, visto que têm possibilidades de acarretar riscos a saúde. 


Fundamentos Bromatológicos

    O tomate é um alimento pouco calórico, fonte de fibras, sais minerais e carotenóides. Seus produtos derivados são muito utilizados na culinária pela sua cor, melhorando a aparência dos pratos. 
    Extrato de tomate é o produto resultante da concentração da polpa de frutos maduros e sãos do tomateiro Solanum lycoperaicum por processo tecnológico adequado. Deve ser preparado com frutos maduros, escolhidos, sãos, sem pele e sementes. É tolerada a adição de 1% de açúcar e de 5% de cloreto de sódio. O produto deve estar isento de fermentações e não indicar processamento defeituoso.
    O extrato de tomate pode ser classificado de acordo com a sua concentração em:
− Purê: substância seca, menos cloreto de sódio, mínimo 9% p/p;
− Extrato simples concentrado: substância seca, menos cloreto de sódio, mínimo 18% p/p;
− Extrato duplo concentrado: substância seca, menos cloreto de sódio, mínimo 25% p/p;
− Extrato de tomate triplo concentrado: substância seca, menos cloreto de sódio, mínimo 35% p/p.

                                                            
                                                               Informação Nutricional 

                                 
                                 Tabela 1. Informação Nutricional referente ao extrato de tomate da marca Quero


Legislação e Discussão 

    A resolução nº14, 28 de Março de 2014, possui o objetivo de estabelecer as disposições gerais para avaliar a presença de matérias estranhas macroscópicas e microscópicas, indicativas de riscos à saúde humana e/ou as indicativas de falhas na aplicação das boas práticas na cadeia produtiva de alimentos e bebidas, e fixar seus limites de tolerância. 
    Essas matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana são aquelas capazes de veicular agentes patogênicos para os alimentos e/ou de causar danos ao consumidor, abrangendo insetos, roedores, outros animais como morcegos e pombos, excrementos de animais, parasitos, objetos rígidos, pontiagudos ou cortantes, fragmentos de vidro ou filmes plásticos. 
    De acordo com a resolução, é permitido 1 fragmento de pelo de roedor a cada 100g de extrato de tomate. A explicação é que ao longo da cadeia de fabricação, os tomates são coletados, lavados e armazenados em locais específicos, porém, é na armazenagem que não há um controle adequado. Assim, o roedor tem acesso ao alimento, contaminando-o. 
    As fábricas são inspecionadas periodicamente pela Vigilância Sanitária, onde os fiscais colhem cerca de três amostras e levam para análise em laboratório. Caso o resultado possua alguma irregularidade, há o recolhimento do lote do produto, além de multa ou interdição do fornecedor. 
    Segundo a Anvisa, a quantidade permitida de matérias estranhas não acarretam riscos de causar danos a saúde. E só permitem esse limite quando a empresa possui as Boas Práticas. 

Conclusão

    De acordo com o descrito na legislação, pode-se perceber que há uma precaução na determinação do limite de tolerância, mostrando que a quantidade permitida não traz riscos a saúde. 
    Apesar de ser autorizado pela Anvisa, não pode-se negar que causa desconforto e receio no indivíduo ao comprar e ingerir determinados alimentos para si e sua família, sabendo que há possibilidade de possuir fragmentos de pelo de roedor. Além do fato de afetar a confiança da população na própria vigilância e também na marca envolvida. 
    Mas será que não é possível eliminar a causa do problema? Não é possível ter Boas Práticas de Fabricação de forma efetiva, evitando a presença de matérias estranhas e, principalmente, animais? Eis a questão. 



Referências

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da  Diretoria Colegiada nº 14, 28/03/2014. Dispõe sobre matérias estranhas macroscópicas e microscópicas em alimentos e bebidas, seus limites de tolerância e dá outras providências.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da  Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos nº 12, 21/10/1969. Dispõe sobre os padrões de identidade e qualidade para os alimentos (e bebidas). 

http://g1.globo.com/economia/noticia/anvisa-proibe-venda-de-lote-de-extrato-de-tomate-com-pelo-de-roedor.ghtml
Acesso em 17/06/2017

http://veja.abril.com.br/saude/o-misterio-do-pelo-de-rato-no-tomate/
Acesso em 17/06/2017



Picolé Eléctron: O picolé energético

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Propagando retirada do site: www.sorveteitalia.com

  Junto com o aumento dos cuidados com o corpo, pela população, vem aumentando também o mercado de produtos com o proposito de auxiliar nessa empreitada que é manter um corpo saudável com o auxilio de exercícios físicos. O Picolé Eléctron, o mais novo lançamento da Sorvete Itália, chega ao mercado com a proposta de ser um produto que pode ser utilizado tanto como pré ou pós treino.



  Na propaganda oferecida pela Sorvete Itália, o Picolé Eléctron promete ser um produto que pode ser utilizado como pré ou pós treino, pois ele ajuda à acelerar o metabolismo, tem ação antioxidante, reduz a fadiga, dentre outras características. Então hoje discutiremos quais componentes presentes no picolé auxiliariam em cada um dos benefícios propostos pela marca.
  Observando-se a tabela nutricional do picolé, podemos analisar sua composição e assim analisar a ação de algumas substâncias, e correlacionar com os benefícios oferecidos pelo produto. Nela encontramos substâncias como proteínas, Vitamina C, Glucorotactona, Taurina e Cafeína.

          Quantidade por porção (58g)                                    %VD
Valor energético
91 Kcal
5
Carboidratos
10g
3
Proteínas
8g
11
Gorduras Totais
2,8g
5
Gorduras Saturadas
1,6g
7
Gorduras Trans
0
-
Fibras Alimentares
0,4g
2
Sódio
18mg
1
Vitamina C
30mg
0,7
Glucoronatactona
154mg
-
Inositol
12mg
-
Taurina
250mg
-
Tabela nutricional retirada da embalagem de um Picolé Eléctron

 Fundamentos Bromatológicos
  A Taurina é um aminoácido encontrado no cérebro, retina, coração e células de orgãos reprodutores, podendo também ser encontrada em carnes e frutos do mar.  A taurina é um antioxidante, protegendo contra o estresse oxidativo. Se conjuga com ácidos biliares, formando sais e ajudando na emulsificação de lipídios, além de apresentar ação anti inflamatória. Também ajuda na sua desintoxicação por se conjugar com vários fármacos para ajudar na sua eliminação. Além disso, estudos demonstraram que pessoas apresentam uma capacidade de exercício maior, após o seu consumo.


Imagem da molécula da Taurina

  A Glucoronolactona é um metabólito da glicose, tendo ação antioxidante, além de atuar aumentando o metabolismo do fígado (aumentado sua eficácia). 


Imagem da molécula de Glucoronolactona

  A Cafeína é um alcaloide do grupo das metilxantinas encontrada em certas plantas. A cafeína atua sobre o metabolismo basal e aumenta a produção de suco gástrico, aumenta performance física e motora, diminui sensação de fadiga, além de aumentar prontidão, vigília e sentimentos de "energia". Em doses terapêuticas, aumenta capacidade de trabalho e vasodilatação periférica. É um estimulante cardíaco e respiratório, e estimulante do Sistema Nervoso Central (diminuindo sensação de fome e aumentando sensação de saciedade).


Imagem da molécula de Cafeína

Legislação  
  Segundo a RDC 54, de 12 de novembro de 2012,  para um alimento ter um alto teor de proteína em sua composição,  é necessário que ele apresente no mínimo 12g de proteína em 100 g de alimento.

Discussão
  Tendo como base a RDC 54, de 12 novembro de 2012, o picolé Eléctron apresenta alto teor proteico, pois em 100g de produto ele teria o equivalente a 13g de proteínas. Com isso, o picolé também auxilia no ganho de massa muscular.
  O picolé apresenta propriedades antioxidantes, pois possui em sua composição a Taurina e a Glucoronolactona. Além disso, a Taurina aumenta a capacidade de exercício de uma pessoa, implicando em um aumento na  resistência aeróbica (capacidade de uma pessoa de desenvolver um esforço de intensidade reduzida ou media durante um tempo prolongado). A cafeína é a substância presente no picolé responsável por aumentar a energia e diminuir sensação de fadiga, além de acelerar o metabolismo.

Conclusão
  Com isso, concluímos que o picolé Eléctron apresenta os benefícios propostos, e que isso é dado devido a presença de diversas substâncias como: a Cafeína, Proteínas, Taurina e a Glucoronolactona.

Referências Bibliográficas:
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012. Link: http://portal.anvisa.gov.br/documents/%2033880/2568070/rdc0054_12_11_2012.pdf/c5ac23fd-974e-4f2c-9fbc-48f7e0a31864. Acessado em: 10 de Junho de 2017.

Caine, J. J., Geracioti, T. D. Taurine, energy drinks, and neuroendocrine effects. Cleveland Clinic Journal of Medicine. Ed.86, n.12, p. 895-904.

Ricciutelli, M., et al. Simultaneous determination of taurine, glucuronolactone and glucuronic acid in energy drinks by ultra high performance liquid chromatography–tandem mass spectrometry (triple quadrupole). Journal of Chomatography A. Ed. 1364, p. 303-307, 2014.

Warburton, D. M, et al.An evaluation of a caffeinated taurine drink on mood, memory and information processing in healthy volunteers without caffeine abstinence. Pshycopharmacology. Ed. 158, p. 322-328, 2001.


Panax Ginseng: É um medicamento com efeito neuroprotetor? Está presente no Guaraviton?

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 O Panax Ginseng é um medicamento fitoterápico adaptógeno rico em ginsenosídeos. Uma das suas propriedades farmacológicas mais atraentes deve-se a ativação de mecanismos neuprotetores e modulação das funções cognitivas. A bebida energética Guaraviton possui duas formulações. Na primeira delas, é possível notar como destaque em seu rótulo a palavra Ginseng, mas em sua tabela de ingredientes existe apenas a adição de aroma de Panax Ginseng. Na segunda formulação há adição do extrato de Ginseng Brasileiro, onde não há especificação de qual espécie pertence o extrato utilizado na formulação. É possível obter os efeitos farmacológicos do Panax Ginseng ingerindo Guaraviton?   

Introdução:

    O Panax Ginseng é uma raiz nativa do norte da china e da coreia usada há séculos na medicina tradicional chinesa. Essa raiz pode ser classificada pelos seus diferentes métodos de processamento e concentrações de compostos bioativos chamados ginsenosídeos (saponinas triterpênicas). O Ginseng é conhecido mundialmente pelas suas propriedades adaptógenas. Ou seja, possuem propriedades que melhoram a nossa saúde e a capacidade de adaptação a situações extremas de stress, seja emocional, físico ou químico. Pesquisas científicas confirmam algumas de suas funções como vasodilatador, neuroprotetor, imunomodulador, antiinflamatório, antioxidante, antienvelhecimento, anticancerígeno, antidiabético e antidepressivos.

Fundamentos Bromatológicos e Discussão:
 
   Uma das propriedades mais atraentes do Ginseng deve-se a ativação de mecanismos neuroprotetores e modulação das funções cognitivas. Como por exemplo, o Ginsenosídeo Rb1 que demostra aumentar a sobrevivência celular neuronal, proteger o hipocampo do dano isquêmico, aumentar a fluidez da membrana de células corticais, aumentar absorção de colina nas terminações colinérgicas cerebrais, modular a liberação e absorção de acetilcolina, que diz respeito ao processo de aprendizagem e memória. O ginsenosídeo Rg3 promove a ação fagocitária da microglia na remoção da proteína fibrilar α-amilóide que se acumula nos neurónios até provocar a morte celular, uma característica da doença de Alzheimer.
    Ao nível celular, sabe-se que determinados ginsenosídeos (Rb1, Re e Rg) ativam os canais de Ca2+ do endotélio promovendo a hiperpolarização celular e, consequentemente, a libertação de óxido nítrico (NO).  Este, por sua vez induz o relaxamento do músculo liso da parede do vaso, provocando a vasodilatação, diminuindo assim a pressão arterial.
   Além dos ginsenosídeos citados acima, já foram identificados mais de 100 diferentes tipos com propriedades farmacologias demonstradas através de estudos utilizando animais, humanos e cultura de células. Entretanto essas substâncias bioativas quando administradas por via oral não são bem absorvidas no intestino, logo necessitam estar incorporadas a uma formulação a base de lipídeos, ou ser coadministradas com outras substâncias que aumentem sua absorção. Logo, para obter os benefícios dessa espécie é necessária sua incorporação em uma forma farmacêutica desenvolvida para promover a absorção.
   Os estudos toxicológicos do Panax Ginseng definiram a dose diária de 5 a 30 mg de ginsenosídeos totais, esse medicamento deve ser tomado no máximo por 3 meses.  

 E o Ginseng adicionado ao Guaraviton, possui as mesmas funções do medicamento Panax Ginseng?

   Como é possível notar nas imagens das embalagens abaixo, a bebida Guaraviton é comercializada de duas formas distintas. O primeiro rótulo apresenta o Ginseng coreano (Panax Ginseng) apenas como aroma adicionado, que não confere a bebida as características farmacológicas dos ginsenosídeos, pois não há presença deles na substancia utilizada como aromatizante. Mesmo se fosse adicionado um extrato rico em ginsenosídeos não seria possível garantir a absorção dessas substâncias somente incorporando-as na formulação da bebida energética devido as suas propriedades farmacocinéticas citadas anteriormente.

      Rótulo 1: Guaraviton com aroma de Ginseng

    Na segunda composição apresentada, há presença de extrato de Ginseng Brasileiro que compreende as espécies do gênero Pfaffia que possuem mais de 27 espécies distribuídas no Brasil. Como o segundo rótulo não especifica qual ou quais espécies do gênero são utilizadas na formulação do extrato, é difícil realizar uma avaliação bromatológica desse produto. Considerando que as características farmacológicas das espécies desse gênero e suas propriedades farmacocinéticas e toxicológicas ainda não estão bem definidas, não é seguro utilizar esse extrato adicionado a uma bebida de amplo consumo.


                                                                     Rótulo 2: Guaraviton com extrato de Pfaffia

   Portanto, o produto da forma que é apresentado causa confusão no consumidor, que o ingere fazendo uma assimilação errada entre o Ginseng Coreano (Panax Ginseng) medicamento com funções adaptógenas e neuroprotetoras e a bebida que possui apenas o aroma de Ginseg Coreano, Ou a adição de outro tipo de ginseng (gênero Pfaffia), que simplesmente não é semelhante ao Panax Ginseng, logo não possui suas propriedades.   

Legislação:
  
  Segundo a RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005 O Guaraviton é definido como Composto Líquido Pronto para o Consumo, e quando é adicionado aroma (s) nesse tipo de produto deve-se acrescentar a palavra “Sabor” ou “sabor Artificial” seguido do nome do aromatizante usado.
    No regulamento técnico para medicamentos fitoterápicos a palavra Ginseng está especificada como nome popular do Panax Ginseng. 
   

Conclusão:

  A nomenclatura Ginseng é definida como nome popular do medicamento fitoterápico Panax Ginseng, que possui muitas características farmacológicas das quais se destaca sua propriedade neuroprotetora. Logo, a apresentação do nome Ginseng no rótulo da bebida Guaraviton gera uma assimilação errada entre a bebida e as propriedades do medicamento. Portanto, devem ser feitas as modificações na embalagem do Guaraviton indicando que possui “sabor de Ginseng” como definido na RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. 


Bibliografia:

Felipe Berger e Fernanda Maia, Ginseng: Informação nutricional ou alegação em saúde? Disponível em: <http://bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com.br/2013/08/ginseng-informacao-nutricional-ou_11.html>. Acesso em:10 de junho de 2017.
Patrícia Pimenta, Guaraviton: será que realmente dá energia? Disponível em: < http://bromatopesquisas-ufrj.blogspot.com.br/2010/11/alimentos-funcionais-guaraviton-sera.html>. Acesso em:10 de junho de 2017. 

Ginseng. Disponível em:< http://florien.com.br/wp-content/uploads/2016/06/GINSENG.pdf>. Acesso em:15 de junho de 2017.


RDC Nº. 273, DE 22 DE SETEMBRO DE 2005. Disponível em:< http://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=MjIzOA%2C%2C>. Acesso em: 10 de junho 2017.


RATES, S.M.K; GOSMANN, G. Gênero Pfaffia: Aspectos químicos, farmacológicos e implicações para seu emprego terapêutico. Revista Brasileira de Farmacognosia, Vol. 12, N. 2, P. 85-93, Jul-Dez 2002.



ROKOT, N.T; KAIRUPAN, T.S; CHENG, K.C; et al. A Role of Ginseng and Its Constituents in the Treatment of Central Nervous System Disorders. Hindawi Publishing Corporation Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, http://dx.doi.org/10.1155/2016/2614742, Vol. 2016, N. 2614742, P.1-7, 26 julho 2016. 

Pró-Biótico e seu uso crescente sem prescrição médica, quais os riscos e benefícios?

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     Nos dias atuais é comum ver pessoas substituindo a alimentação natural (hotaliças, cereais, proteínas ...) por produtos industrializados que vem com a promessa de suprimir as necessidades básicas de cada perfil de ser humano (way, pró-bioticos, hipertônicos, vitaminas e pré-bioticos).

       Nos últimos anos o uso de pró-bioticos vem aumentando, no lugar de uma alimentação rica em hortaliças e fibras em geral. Esse aumento é devido à facilidade do uso desses nutracêuticos frente às problemáticas do uso da culinária tradicional (aceitação por cor, cheiro e sabor) e sua aparente baixa eficácia frente aos problemas intestinais. O que nos leva a perceber que estamos com uma geração dependente de laxante em geral. 

Introdução

      Nos dias atuais é comum ver pessoas substituindo a alimentação natural (hotaliças, cereais, proteínas ...) por produtos industrializados que vem com a promessa de suprimir as necessidades básicas de cada perfil de ser humano (way, pró-bioticos, hipertônicos, vitaminas e pré-bioticos).
      Nos últimos anos o uso de pró-bioticos vem aumentando, no lugar de uma alimentação rica em hortaliças e fibras em geral. Esse aumento é devido à facilidade do uso desses nutracêuticos frente às problemáticas do uso da culinária tradicional (aceitação por cor, cheiro e sabor) e sua aparente baixa eficácia frente aos problemas intestinais. O que nos leva a perceber que estamos com uma geração dependente de laxante em geral.      O que nos leva a pensar se: O uso de pró- bióticos substitui a alimentação com hortaliças, fibras e cereais? O uso de pró-bióticos realmente ajuda na regulagem do sistema digestório? E quais as variantes dessa pesquisa "O elemento variante dessa pesquisa é o próprio individuo onde cada indivíduo terá sua microbiota própria e sua própria variedade em concentração."

Fundamentos Bromatológicos e Discussão

Nutracêuticos:

      Esse termo vem da junção de “NUTRIENTES” com “FARMACÊUTICOS” classificando assim os suplementos alimentares que contem uma maior concentração de algum composto bioativo de alimento que vem melhorar o organismo.
      Esses nutrientes são compostos encontrados nos alimentos em gerais que são essenciais ao corpo humano como vitaminas, minerais, enzimas e gorduras. Sendo fundamentais para a prevenção e tratamento de doenças.

Saúde Intestinal:

      A microbiota intestinal é formada por micro-organismos que habitam nosso intestino. Essas bactérias participam ativamente do nosso metabolismo regulando varias funções do organismo, como movimento peristáltico, digestão, proteção contra patógenos, produção de vitamina, estimulação do sistema imunológico e absorção de nutrientes.
      A flora intestinal é composta por bactérias que são potencialmente nocivas e benéficas ao nosso organismo quando estão em equilíbrio. Contudo, com o advento da vida moderna (sedentarismo, alimentação desbalanceada, tabagismos, alcoolismo, automedicação e prescrições errôneas) a desordem do ambiente intestinal ficou mais frequente gerando constipação e diarreias, a disbiose.
      A disbiose é associada a diversas doenças e desordens metabólicas entre elas estão intolerância alimentar, diabete, obesidade, transito alimentar, intoxicação metabólica, câncer coloretal, infecção, doenças cardiovascular e odontológica. E para se evitar a disbiose é necessário manter hábitos de vida saudável (exercícios físicos, alimentação balanceada e beber água).

Legislação

O que são pró-bióticos?:

     Os pró-bioticos são nutracêuticos compostos por micro-organismos vivos, que quando administrados corretamente, agem de forma benéfica equilibrando a flora intestinal, quando associada a um pré-biotico ou uma alimentação saudável. Segundo a ANVISA produtos lácteos e aqueles que contem os seguintes micro-organismos: Lactobacillus acidophilus, Lactobacillus casei shirota, Lactobacillus casei var rhamnosus, Lactobacillus casei var.defensis, Lastobacillus paracasei, Lactococcus lactis, Bifidobacterium bifidum, Bifidobacterium animallis (inclusive a subespécie B. Lactis), Bifidobacterium longum e a Enterococcus faeciu.

Conclusão

     Visto que o pró-biotico é composto principalmente por bactérias da nossa flora intestinal e que sua manutenção é feita através de pré-bióticos e/ou alimentação saudável. Podemos concluir que a substituição da alimentação rica em fibras e cereias pelo pró-bioticos não tem sua eficácia garantida. Porém eles possuem um papel fundamental para a regulação do sistema digestório, promovendo a entrega das cepas adequadas para o equilíbrio da flora intestinal como um todo.

Referências

1. Ciorba MA. A gastroenterologits guide to probiotics. Clinical Gastroenterology and hepatology 2012;1 0: 960-968

2. Patel R et al.New Approacher for Bacteriotherapy: Prebiotics, New – Generation Probiotics, and Synbiotics. Clinical Infectious Diseases. 2015;60 (S2):s108-121.

3. Moraes F. P e Colla L. M. Alimentos funcionais e nutracêuticos:definições, legislação e benefícios à saúde. Revista Eletrônica de Farmácia 2006;3(2):99-112.

4. Cozzolino S Nutracêuticos: Oque significa? ABESO:2012;55(5)

5. Associação Nacional de Atenção aos Diabéticos. As diferenças entre alimentos funcionais e nutracêuticos.2015.

6. Guarner F et al. Probióticos e prebióticos. Diretrizes Mundiais da Organização Mundial da Gastroenterologia 2011:2-22.

7. Saad SMI. Probioticos e prebioticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciência Farmacêutica. 2006;42(1)

8. Fortes RC et al. Efeitos da suplementação dietética com frutooligossacarideos e inulina no organismos humano: estudo baseado em evidencias. Com. Ciência Saúde. 2009;20(3):241-252.

9. Hauly MCO et al. Insulina e Oligofrutoses: uma revisão sobre propriedades funcionais, efeito prebioticos e importância na industria de alimento. Semina: Ciência Exatas e Tecnologica.2002;23(1):105-108.

Açaí: existe alguma relação entre este alimento energético e a diabétes?

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O açaí é uma fruta que trás diversos benefícios a saúde, além de ser um alimento versátil, ou seja, que pode ser utilizado em conjunto com outros alimentos e até mesmo puro. No Brasil, Amazonas e Pará são os maiores produtores destas frutas e é um produto consumido em grande quantidade pela população brasileira. Porém, esta mesma população julga o mesmo como um "bomba calórica", isto é verdade? Será que este fator pode estar relacionado com a diabétes?

É possível observar na tabela nutricional do açaí frooty, podendo então analisar sua composição e então correlacionar com os benefícios e males que o mesmo poderá vir a causar.

imagem da tabela nutriconal

Fundamento Bromatológico
Carboidratos são compostos com função de gerar energia (moléculas energéticas), os principais da nossa alimentação são os monossacarídios e os oligossacarídeos, exemplo: Glicose (a) e Frutose. O carboidrato é o principal compostos a ser convertido nas células para a formação de ATP e também pode ser armazenado em órgãos como fígado e músculos na forma de glicogênio.

imagem da glicose

Discussão
Como podemos observar, apenas 60g de açaí contém 5% do VD, comparando com os 300g total do valor diário do FDA, logo pode-se entender que o uso controlado deste produto não afetará a saúde do indivíduo caso o mesmo seja saudável. Em indivíduos que realizam uma dieta com pouca ingestão de carboidratos não apresentaria problemas de elevação de níveis glicêmicos, pois o mesmo poderia usufruir de até mais de 60g (1 bola) do mesmo, um pouco mais que os que necessitam de controle. Porém, indivíduos com uma alimentação normal e/ou rica em carboidratos, devem ficar atentos a ingestão deste tipo de alimento, pois o risco de seu nível glicêmico se elevar, aumentaria, podendo então gerar a longo prazo um acumulo de carboidratos no circulação sanguínea, resultante da resistência a insulina gerado por esse excesso de carboidrato não absorvido, podendo gerar então um quadro de síndrome metabólica, causando Díabetes tipo II no indivíduo. O uso de coberturas, paçocas entre outras substâncias que possuem grandes quantidades de carboidratos, tornando então este alimento um "bomba calórica" e podendo aumentar as chances de se criar um quadro de diabetes tipo II..

Referência
Consumption of açai (Euterpe oleracea Mart.) functional beverage reduces muscle stress and improves effort tolerance in elite athletes: a randomized controlled intervention study. Ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26140415
Carvalho-Peixoto J1,2,3, Moura MR1, Cunha FA4,5, Lollo PC6, Monteiro WD5,7, Carvalho LM1, Farinatti Pde T5,8.

http://frooty.com.br

https://www.fda.gov/Food/GuidanceRegulation/GuidanceDocumentsRegulatoryInformation/LabelingNutrition/ucm064928.htm

Vanádio é um bom suplemento mineral para atletas?

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O vanádio é encontrado em uma série de alimentos, incluindo salsa, cogumelos, frutos do mar e alguns grãos. Asua absorção é extremamente ineficiente, pois apenas cerca de 1% do vanádio queuma pessoa come é absorvido pelo organismo. Os seres humanos precisam de pequenas quantidades, porém ainda não se chegou a um consenso, e sabe-se que a dieta média fornece 6 –18 mcg diárias.

A partir de 1980 o vanádiocomeçou a chamar atenção quando estudos mostraram uma capacidade de melhorar a resistência à insulina de ratos quando suplementados como seu sulfato. Já em 1985, estudos demonstraram que o vanádio no músculo esquelético altera o metabolismo de glicose de modo semelhante ao da insulina, aumentando a expressão de GLUT4,e tambéma taxa metabólica basal e consequentemente favorecendoa queima de calorias. No entanto, atualmente a evidência de que sulfato de vanádio e outros suplementos comvanádio são úteis no tratamento dadiabetes humana, é limitada e controversa, pois a maioria dos estudos foram realizados em animais ealguns desenvolveram anemia, baixas contagens de glóbulos brancos, colesterol alto, dano renal grave e doençascardíacas, tornandoassim a janelaterapêuticamuito estreita.

O problema é que o vanádiotem sido comercializado como um suplemento esportivo para fisiculturistas e outros que desejam diminuir o apetite e peso corporal, mas não há evidência de que ele aumenta o desempenho e também não parece ter um efeito sobre a glicemiade quem não é diabético ou apresentaresistênciaà insulina, e por isso não é recomendado devido aos resultados ditos anteriormente.

Caso ainda se queira fazer o uso, deve-se dosar rigorosamente a sua concentração, pois 30 mM de sulfato de vanádio na corrente sanguínea de um adulto médio, é tóxico.

Encontra-se facilmente na internet tabletes contendo 2mg de sulfato de vanádio e também em farmácias de manipulação.


Referências:

DOMINGO, José L.; GÓMEZ, Mercedes. Vanadium compounds for the treatment of human diabetes mellitus: A scientific curiosity? A review of thirty years of research. Elsevier, [S.L], v. 95, p. 137-141, set. 2016.

J, K. et al. Insulin-mimetic property of vanadium compounds. Postepy Biochemii, Szczecin, v. 62, p. 60-65, fev./mar. 2016.

UNIVERSITY OF MARYLAND MEDICAL CENTER. Vanadium. Disponível em: <http://www.umm.edu/health/medical/altmed/supplement/vanadium>. Acesso em: 11 mai. 2017. 

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